Biomassa

Geração renovável respondeu por 92% da energia enviada ao SIN em 2022, segundo CCEE

A geração de energia no Brasil derivada de fontes renováveis, como biomassa, eólicas, hidrelétricas e solares, alcançou mais 92% do total gerado no Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2022, chegando a 62 mil MW médios. Os dados foram divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que afirmou se tratar do maior percentual dos últimos dez anos, desde que a matriz energética brasileira deixou de ser majoritariamente hídrica.

Geração renovável respondeu por 92% da energia enviada ao SIN em 2022, segundo CCEE

A geração de energia no Brasil derivada de fontes renováveis, como biomassa, eólicas, hidrelétricas e solares, alcançou mais 92% do total gerado no Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2022, chegando a 62 mil MW médios. Os dados foram divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que afirmou se tratar do maior percentual dos últimos dez anos, desde que a matriz energética brasileira deixou de ser majoritariamente hídrica.

Entre as fontes renováveis, a produção de energia a partir da biomassa registrou aumento de 0,3% no período, em comparação ao ano anterior, chegando aos quase 3 mil MW médios. Atualmente existem 321 usinas de biomassa, com capacidade instalada de 14.927 MW.  

A geração eólica cresceu cerca de 12,6% no comparativo anual, fornecendo ao SIN mais de 9 mil MW médios. Hoje o Brasil conta com 891 parques eólicos, que juntos somam mais de 25 mil MW de capacidade instalada.  

Superada a crise hídrica de 2021, foram gerados a partir das hidrelétricas 48 mil MW médios, alta de 17,1%, em relação ao ano anterior.  

Ainda na mesma base de comparação, a geração solar centralizada cresceu 64,3%, produzindo cerca de 1,4 mil MW médios.  Segundo a CCEE, a chegada de 88 novas fazendas solares ao SIN fez com que o segmento alcançasse 4% de representatividade na matriz nacional. 

No início de 2023, a energia solar fotovoltaica atingiu a marca de 23,9 GW de potência instalada operacional, e se tornou a segunda maior fonte da matriz elétrica brasileira, ficando atrás apenas da fonte hídrica, que tem 109,7 GW, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).  

Para Rui Altieri, presidente do conselho da CCEE, o aumento da participação das fontes renováveis no Brasil é um reflexo direto do cenário hídrico mais favorável, que contribuiu para a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas, além da expansão das usinas eólicas e solares.  

“Este é o resultado de uma matriz energética diversificada, característica que nos coloca à frente de quase todos os outros países. Além de ser um ganho imensurável para o meio ambiente, essa característica nos traz uma série de oportunidades em novos mercados, como o de créditos de carbono e de hidrogênio renovável, que vão gerar benefícios para a sociedade nos próximos anos”, afirma Altieri.