Combustíveis

Países-membros vão liberar 120 milhões de barris de petróleo para evitar choque no mercado

Países-membros vão liberar 120 milhões de barris de petróleo para evitar choque no mercado

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) comunicou nesta segunda-feira, 7 de abril, o volume adicional 120 milhões de barris de petróleo que serão liberados pelos países-membros em resposta às tensões nos mercados de petróleo resultantes da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Com isso, nos próximos seis meses, cerca de 240 milhões de barris de estoques emergenciais de petróleo, o equivalente a mais de 1 milhão de barris por dia, serão disponibilizados ao mercado global. As reservas comprometidas com a indústria, ainda estão sob avaliação, disse a agência. 

O acordo foi firmado em 1º de abril pelos países membros da IEA, tornando-se a maior liberação de estoque na história da AIE. O volume foi considerado por cada país durante a última semana, de forma a contribuir com o plano de resposta, e 19 dos 31 países-membros farão a liberação de suas reservas.

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Os Estados Unidos contribuirão com cerca de 60 milhões de barris da sua Reserva Estratégica de Petróleo (SPR), seguido do Japão, com 15 milhões de barris, Coreia do Sul, com 7,23 milhões de barris, Alemanha, com 6,48 milhões de barris, França, com mais de 6 milhões de barris, e Itália, com 5 milhões de barris.

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No início da invasão, os países-membros detinham 1,5 bilhão de barris em reservas públicas e cerca de 575 milhões de barris em obrigações com a indústria. Com as duas ações coordenadas pela agência neste ano, sendo a primeira em março, de 62,7 milhões de barris, e a atual de 120 milhões de barris, o montante equivale a 9% do total das reservas de emergência.

“A decisão sem precedentes de lançar duas liberações de estoque de petróleo de emergência com apenas um mês de intervalo, e em uma escala maior do que qualquer outra na história da IEA, reflete a determinação dos países membros em proteger a economia global dos impactos sociais e econômicos de um choque de petróleo”, disse Fatih Birol, diretor-executivo da agência.