Combustíveis devem ter alta de 3% na demanda em 2025, aponta EPE
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) avalia que a demanda por combustíveis aumentará 0,8% no Brasil em 2024, após três anos consecutivos crescendo mais de 4% ao ano. Em volume, o acréscimo representa 1,2 bilhão de litros. Para 2025, a EPE espera uma retomada no crescimento expressivo, com aumento de 3% na base anual.
Em 2024, o maior aumento deve ser no biodiesel, com alta de 19,3%, passando a 9 bilhões de litros. Em dezembro de 2023, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabeleceu o aumento na mistura de biodiesel no diesel, passando de 12% para 14% a partir de março deste ano. Para 2025, o percentual de biodiesel na mistura deve crescer mais um ponto percentual e a EPE avalia que a demanda pelo biocombustível crescerá 12,1%, atingindo 10,1 bilhões de litros.
Para o óleo diesel, a EPE estima que a demanda aumentará 0,4% em 2024 e 3,5% em 2025. Os volumes correspondem a a 67,3 bilhões de litros e 69,7 bilhões de litros, respectivamente. Segundo a empresa, no primeiro semestre deste ano deve haver redução no consumo de diesel por conta da redução no escoamento da safra de grãos, em decorrência de condições climáticas adversas nos últimos meses.
O consumo de diesel deve ser retomado ao longo do segundo semestre e em 2025, em virtude da amenização dos efeitos do El Niño sobre o clima e de novos projetos de infraestrutura puxados pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
Para gasolina C, que é aquela comercializada para o consumidor final e com a mistura de etanol anidro, a EPE projeta crescimento de 0,3% em 2024 e de 1,9% em 2025. Em volume, o consumo deve ser de 46,2 bilhões de litros e 47 bilhões de litros, respectivamente.
Para etanol hidratado, que é usado como combustível, a projeção é de aumento de 2,2% na demanda em 2024, a 18,4 bilhões de litros, e de 6,1% em 2025, a 19,5 bilhões de litros.
O consumo de querosene de aviação deve aumentar 3,3% em 2024, atingindo 6,7 bilhões de litros. Em 2025, o aumento deve ser de 1,5%, chegando a 6,8 bilhões de litros.
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