Classe residencial puxa consumo de eletricidade que cresce 3,4% em abril, aponta EPE

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MegaWhat

Publicado

31/Mai/2023 17:13 BRT

Categoria

Consumo

O consumo nacional de eletricidade cresceu 3,4% em abril, na comparação com igual mês do ano passado, chegando aos 44.693 GWh, maior alta desde outubro de 2021. O dado consta no boletim mensal da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). 

A alta foi puxada principalmente pelo consumo da classe residencial, que registrou 6,1% de crescimento na mesma comparação, alcançando 13.658 GWh. Temperaturas mais elevadas, programa de redução de perdas de algumas distribuidoras, reclassificação de consumidores para a classe residencial e menores tarifas de energia elétrica, estão entre os motivos que favoreceram o incremento do consumo no mês, aponta o levantamento.  

Todas as regiões do país tiveram expansão no consumo de eletricidade em residências, sendo que o maior destaque foi a região Sul (+20,0%), seguida pelo Norte (+8,8%), Nordeste (+6,4%), Centro-Oeste (+5,3%) e Sudeste (+1,4%). Entre os estados, os maiores acréscimos ocorreram no Amapá (+29,5%), Rio Grande do Sul (+25,8%) e Santa Catarina (+17,5%). Em contrapartida, os únicos estados que tiveram queda no consumo foram o Rio de Janeiro (-10,4%), Rio Grande do Norte (-1,4%) e Mato Grosso (-1,2%). 

Já a classe comercial apresentou crescimento de 3,1% no consumo, chegando aos 8.491 GWh. O bom desempenho do setor de serviços e de vendas do varejo impulsionaram a expansão do consumo da classe. Todas as regiões tiveram crescimento do consumo de energia elétrica da classe, com o Sul registrando a maior variação, de 11,4%, seguida pelo Norte (+5,3%), Nordeste (+2,3%), Sudeste (+0,9%) e Centro-Oeste (+0,7%). Entre os Estados, os maiores aumentos do consumo no mês foram: Amapá (+14,9%), Rio Grande do Sul (+12,8%) e Santa Catarina (+12,1%). Por outro lado, Acre (-16,9%), Rio Grande do Norte (-4,7%) e Rio de Janeiro e Goiás (-2,1%), obtiveram as maiores quedas. 

No caso do consumo industrial, o crescimento foi de 2,1%, registrando 15.760 GWh e puxado, principalmente, pela metalurgia, com 268 GWh, alta de 7,4%. Também se destacaram a extração de minerais metálicos (+70 GWh; +6,8%), a fabricação de produtos alimentícios (+66 GWh; +3,2%) e papel e celulose (+49 GWh; +6,4). As maiores retrações no consumo de eletricidade foram em produtos químicos (-57 GWh; -3,4%) e produtos de minerais não-metálicos (-47 GWh; -3,8%).