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Engie aponta “provável” problema em lote da LM para avaria em pás em Santo Agostinho

Após o registro de ocorrência “grave” nas pás de dois aerogeradores, fornecidas pela LM Wind Power, subsidiária da GE, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu a operação comercial das unidades geradoras UG1 a UG4 e o teste da UG6, da eólica Santo Agostinho 13, da Engie Brasil.

Engie aponta “provável” problema em lote da LM para avaria em pás em Santo Agostinho

Após o registro de ocorrência “grave” nas pás de dois aerogeradores, fornecidas pela LM Wind Power, subsidiária da GE, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu a operação comercial das unidades geradoras UG1 a UG4 e o teste da UG6, da eólica Santo Agostinho 13, da Engie Brasil.

A empresa já havia interrompido, temporariamente, a geração de todas as turbinas do parque, assim como a das eólicas Santo Agostinho 14 e 17, totalizando 80,6 MW, que têm o mesmo fabricante, até que fosse concluída a análise técnica das razões dos incidentes.  

Apenas a UG5, da eólica Santo Agostinho 13, não teve a operação suspensão, visto que o fornecedor é outra empresa. 

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Em ofício encaminhado para a Aneel, a Engie Brasil afirma que, com o avanço dos estudos e investigações pelo grupo de trabalho envolvido, no momento, a hipótese “mais provável” para o incidente é a existência de um problema de fabricação em um lote específico de pás fornecido pela LM Wind Power. 

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Por sua vez, a LM informou à MegaWhat, por meio de nota, que a investigação segue em andamento e que, neste momento, é muito cedo para reportar qualquer resultado ou fazer especulações.

O que aconteceu?

A primeira suspensão ocorreu após uma das pás da UG6 da eólica Santo Agostinho 13 quebrar, ficando indisponível em 7 de julho de 2023. Após investigação do fabricante, a unidade foi liberada para operação em teste.  

No entanto, em agosto, a UG2 sofreu o mesmo colapso em uma das pás. No ofício encaminhado para a Aneel, a Engie informou que os eventos fizeram com que todas as unidades geradoras em operação comercial e em testes do complexo eólico Santo Agostinho tivessem sua atividade suspensa até a definição da causa raiz

Na oportunidade, a MegaWhat apurou que o problema foi em uma pá importada pela LM Wind Power. Durante o transporte, a pá teria sofrido os danos, e mesmo após reparada pela fornecedora, teria se rompido durante o início da operação.

>> Eólica da Neoenergia também tem operação de aerogeradores suspensa após queda de pás da LM Wind. 

Para a Aneel, a Engie Brasil informou que medidas operativas iniciais e que ações futuras estão sendo tomadas, mas não definiu, até agora, um prazo para retorno das atividades. 

Outras suspensões 

Um incêndio na nacelle da UG11, de 2 MW, da eólica São Cristovão, resultou na suspensão da sua operação comercial. De titularidade da AES Brasil, a unidade voltará as atividades em 17 de dezembro de 2024, conforme previsão da companhia. 

“A referida UG11 estava operando normalmente quando, em 12 de junho de 2023, sofreu um incêndio. Apesar da falha isolada, naturalmente tomamos a decisão de isolar o local para garantir a segurança dos colaboradores”, informa a AES Brasil em ofício enviado à Aneel. 

A companhia não divulgou o nome do fornecedor do equipamento.  

>> Eólica da Neoenergia tem operação de turbina suspensa após incêndio em nacelle.  

>> Após incêndio em nacelle, Aneel suspende operação comercial de turbina da eólica Pau Ferro II.

Inundação

Localizada entre os municípios de Nova Bassano e Serafina Corrêa, Rio Grande do Sul, a PCH Boa Fé teve a operação das UG1 a UG3 suspensa após a água do rio Carreiro invadir sua casa de força, inundado completamente o prédio em 4 de setembro deste ano. 

Totalizando 14 MW, as três unidades geradoras não têm previsão de retorno. Segundo a Aneel, assim que os reparos forem concluídos e a disponibilidade retomada, a condição de operação comercial das unidades poderá ser restabelecida mediante solicitação da empresa. 

Geração 

Para início de operação em teste, a Aneel liberou a UG5, de 5,7 MW, da eólica Cajuina B14, desenvolvida pela AES Brasil no município de Lajes, no Rio Grande do Norte. 

No Piauí, no município de Floriano, recebeu o mesmo aval a UG1, de 0,12 MW, da  UFV Jorge Batista & Cia – São Jorge II.  

Também da fonte solar, mas para início de operação comercial, a agência liberou as UG1 a UG152, somando 48,12 MW, da UFV Serra do Mel V, localizada no município de Serra do Mel, Rio Grande do Norte.  

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