Complexo solar Mendubim inicia operação de 390 MW no Rio Grande do Norte

Autores

Natália Bezutti
Poliana Souto
Natália Bezutti e Poliana Souto

Publicado

08/Fev/2024 17:03 BRT

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) liberou a operação comercial de 11 usinas solares fotovoltaicas do complexo Mendubim, somando 391,6 MW. As autorizações foram publicadas nesta quinta-feira, 8 de fevereiro, no Diário Oficial da União.

Foram liberadas as UFVs Mendubim I a Mendubim V, Mendubim VII a Mendubim IX e Mendubim XI a Mendubim XIII. As usinas estão instaladas no município de Açu, no estado do Rio Grande do Norte, e foram desenvolvidas em parceria pela Equinor, Hydro Rein e Scatec.

Em teste, ainda foi liberada a operação da unidade geradora UG4, de 5,7 MW, da eólica Morro 2, em Brotas de Macaúbas, na Bahia.

Durante a semana, ainda foram publicados despachos liberando a operação comercial das unidades geradoras UG5 a UG12, somando 36 MW, da eólica Ventos de Santa Luzia 12, no Rio Grande do Norte, e das UG1 a UG9, somando 40,5 MW, da eólica Ventos de Santa Luzia 07, na Bahia.

A Engie Energia obteve aval para operação comercial de 24,8 MW de suas eólicas por meio das UG8 e UG9, da Santo Agostinho 5, e das UG3 e UG6 da Santo Agostinho 26, no Rio Grande do Norte.

Já a Enel Green Power, poderá iniciar a operação comercial da UG4, de 5,7 MW, da eólica Ventos de São Roque 3, no município de Dom Inocêncio, no estado do Piauí.

Da fonte solar, o aval foi para a geração comercial para UFV Panatí 6 (30 MW), da Ser Energia. A agência já havia autorizado a geração das UFVs Panatí 1 a Panatí 5 que somam 150 MW de capacidade instalada.

Ainda foram liberadas para operação comercial as UFVs Sitiá 1 e Sitiá 2, com 25 MW cada, da SPIC Brasil, e a UG1, de 0,88 MW, da UFV Tempermat, no estado de Mato Grosso.

E no Rio Grande do Sul, em Guaíba, a Aneel liberou a operação comercial da UG6, de 31,45 MW, da UTE CMPC. A térmica é uma usina antiga, em operação desde 1971, estabelecida como autoprodutor de energia elétrica.

A unidade geradora 6 é uma turbina adicional às cinco operacionais e que utilizam como combustível o licor negro (lixívia), e o combustível alternativo óleo 1 A, para aquecimento e partida da usina.

Teste

Em teste foram liberadas as UG1, UG8 e UG9, de 4,5 MW cada, da eólica Ventos de Santa Luzia 11, das UG1 e UG2, de 6,2 MW cada, da eólica Santo Agostinho 3, e da UG5, de 6,2 MW, da eólica Santo Agostinho 18, todas no Rio Grande do Norte.

Na Bahia, o teste foi autorizado para as UG6 e UG8 a UG12, de 4,2 MW cada, da eólica Caetité D e UG5 e UG6, de 4,2 MW cada, da eólica Caetité E. Em Pernambuco o aval foi para as unidades geradoras UG1 a UG4, de 4,5 MW cada, da eólica Serra das Vacas B.

Da fonte solar, o teste foi autorizado para as unidades geradoras UG1 a UG14, somando 44,1 MW, da UFV Boa Sorte 6, em Minas Gerais; UG1, de 0,23 MW, da UFV Asperbras Solar, no estado de São Paulo, e da UG1, de 1 MW, da UFV Concremwood I, no Pará.

Retorno e suspensão da operação

A agência restabeleceu a operação comercial das unidades geradoras UG15 e UG16 da UFV Santa Luzia 3, de titularidade da Neoenergia.

Depois de danos em um aerogerador causados por um incêndio, a unidade geradora a UG1, de 2,7 MW, da eólica Imburana Macho teve a operação comercial suspensa pela agência. Em nota enviada para a Aneel, a titular da usina, a Renova Energia informou que o incidente, ocorrido em 17 de janeiro, está sendo investigado pela fabricante do equipamento, Alstom – adquirida pela General Electric em 2015.

DRO

A agência também registrou o recebimento do requerimento de outorga (DRO) da eólica Juazeiro e da UFV Juazeiro, num total de 1.292,5 MW, localizadas no município de mesmo nome, na Bahia, e da UTE Trombudo II (6 MW), em Santa Catarina.

No mercado livre

A Humaitá Geração de Energia e Participações foi autorizada a atuar como agente comercializador de energia elétrica e  foi registrada a alteração da razão social da Genergia Comercializadora de Energia para JB Comercializadora de Energia.

Outras decisões da agência

A agência aprovou alterações nas características técnicas das eólicas Serra do Seridó X, XVI e XVII, que sofreram mudanças no número de aerogeradores e na potência instalada e líquida, e das UFV Sertão Solar Barreiras XV a XXI, que passarão por alterações na potência e no número de inversores, e

Também foram autorizadas as transferências de titularidade das UFVs Walfrido Ávila 1 a 40 e de exploração das eólicas Serra da Borborema I a IV, Pedra de Amolar I e II (PAM I e II) e Paraíso Farol II e III.

Por sua vez, a UTE Pirapama teve a autorizou de exploração revogada pela autarquia. Já a UTE Hídrido Forte de São Joaquim obteve autorização para implantação de capacidade suplementar, utilizando capim elefante como combustível.

Garantia física

A Secretaria de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME) estabeleceu os montantes de garantia física de energia das eólicas Canudos I e II, respectivamente, 25,6 MW médios e 25,8 MW médios.

O MME concedeu incentivos fiscais para os projetos das UFVs Belmonte 1-1 a Belmonte 1-4, enquadrando-os no regime prioritário, isentando a cobrança de imposto de renda nas debêntures emitidas no âmbito das plantas.