A Petrobras assinou o contrato de venda da refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, para o grupo Atem, nesta quarta-feira, 25 de agosto. De acordo com a estatal, o valor do negócio é de US$ 189,5 milhões.
A operação ainda está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Com relação ao valor da operação, a cifra está em linha com o esperado por um analista de mercado que acompanha a Petrobras, em condição de anonimato. Segundo ele, o programa de venda de refinarias da estatal é mais relevante do ponto de vista estratégico do que de arrecadação de recursos.
O comprador, o grupo Atem, é especializado em distribuição de combustíveis na região Norte. Em 2018, a companhia, em parceria com o grupo Oliveira Energia, venceu os leilões de privatização das distribuidoras de energia Amazonas Energia e Boa Vista Energia, da Eletrobras. No ano passado, porém, o Atem vendeu sua participação nos dois negócios para o sócio.
A Reman é a segunda refinaria a ter o contrato de compra e venda assinado, dentre as oito que integram o pacote de desinvestimentos da Petrobras na área de refino. A primeira unidade a ter o contrato assinado foi a refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia. Na ocasião, o acordo foi firmado com o fundo de Abu Dhabi Mubadala, pelo valor de US$ 1,65 bilhão.
Contrária à venda das refinarias, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que está avaliando medidas judiciais cabíveis para impedir a venda da Reman.
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Rnest
A Petrobras também informou hoje que os interessados no processo de venda da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) declinaram formalmente de apresentar proposta vinculante para a compra da refinaria. A estatal, então, vai encerrar o processo de venda em curso e avaliará seus próximos passos.
Com relação às refinarias Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul; Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais; Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará; e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, os respectivos processos de venda continuam em andamento.
Sobre a refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, a Petrobras encerrou o processo em fevereiro, sem fechar negócio, e planeja iniciar novo processo competitivo para o empreendimento.
A Petrobras tem um acordo firmado no Cade no qual se compromete a realizar o desinvestimento nas oito refinarias.
(Foto: Juarez Cavalcanti / Agência Petrobras)
