Expansão do refino de petróleo brasileiro chegará aos 7%, estima PDE 2032

Poliana Souto

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Poliana Souto

Publicado

27/Dez/2022 17:42 BRT

Até 2032, a capacidade de refino de petróleo no Brasil deve crescer 7%, alcançando aproximadamente 2,43 milhões de barris/dia. A estimativa faz parte da série de cadernos do Plano Decenal de Energia (PDE) 2032 na seção “Abastecimento de Derivados” divulgado nesta segunda-feira, 26 de dezembro, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Ministério de Minas e Energia (MME).  

Neste horizonte, o estudo prevê investimentos relevantes para às refinarias cariocas de Reduc (Duque de Caixas) e Polo Gaslub (Itaboraí), da pernambucana Rnest (Ipojuca), das paulistas Replan (Paulínia) e Revap (São José dos Campos) e da baiana Brasil Refinarias (Simões Filho).  

Entre os itens importados, o levantamento projeta maiores volumes para o óleo diesel, devido a maior eficiência operacional da infraestrutura logística, o que garantirá o abastecimento nacional e permitirá uma taxa de crescimento da demanda interna pelo diesel de 1,9% ao ano, em média.

Outro aumento na demanda interna deve ser visto no querosene de aviação (QAV), que deve alcançar uma alta de 4,3% ao ano, enquanto a gasolina pode registrar uma redução de 0,7% ao ano.  

No âmbito da oferta, o óleo diesel S-10 é destaque no período, já que pode ser ampliada a sua disponibilidade nas refinarias, desde que haja investimentos nas unidades de hidrorrefino. 

Para o pré-sal, a expectativa é de que a extração de petróleo saia dos atuais 3 milhões de barris para 4,9 milhões de barris por dia, em 2032, com pico esperado para 2029, podendo chegar aos 5,4 milhões de barris/dia. 

Já para exportação, o estudo espera uma consolidação brasileira ao longo do período decenal, “o que poderá elevar a importância do país no quadro geopolítico da indústria mundial do petróleo”. 

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