Light aposta em parcerias e treinamento em novo plano de combate a perdas

Rodrigo Polito

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Rodrigo Polito

Publicado

19/Mar/2021 18:52 BRT

A nova gestão da Light trabalha na elaboração de um novo plano de combate a perdas elétricas em sua área de concessão. Considerado o “calcanhar de Aquiles” da companhia, o índice de perdas totais da empresa somou 25,92% sobre a carga fio, nos últimos 12 meses encerrados no fim do ano passado.

Segundo o novo presidente da Light, Nonato Castro, a nova estratégia para o combate às perdas será baseada em trabalho em conjunto com autoridades e lideranças comunitárias e em treinamento da mão de obra. A companhia continuará atuando no combate às ligações clandestinas nas áreas convencionais e pretende agir também em áreas críticas.

“Vamos trabalhar junto às áreas mais complexas. Vamos fazer um trabalho diferenciado, com uma aproximação muito grande com todos os entes”, disse o executivo, em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados de 2020. Segundo ele, a empresa já se reuniu com representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública, o governador em exercício do estado, Claudio Castro, e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes.

“Vamos fazer um projeto com participação de várias instituições importantes do estado”, completou Castro, que participou de sua primeira reunião de resultados com analistas da companhia.

Questionado sobre a meta de redução de perdas para 2021 e 2022, o diretor de Finanças e Relações com Investidores, Roberto Barroso, disse que a companhia ainda está desenhando o plano para ter uma visibilidade melhor sobre os indicadores. O executivo lembrou que, das perdas não técnicas da empresa, um terço está nas áreas convencionais e o restante nas regiões especiais, mais críticas.

Sobre o endividamento, Barroso destacou que, após o aumento de capital, a empresa conseguiu reduzir as dívidas mais caras. Ele, no entanto, destacou que a Light ainda possui nível de endividamento superior ao dos seus pares. “Estamos atentos a qualquer oportunidade para reduzir o custo e alongar a dívida”.