Com reajuste médio de 15,99%, Amazonas Energia passa a ter a tarifa mais cara do país

Jade Stoppa Pires

Autor

Jade Stoppa Pires

Publicado

26/Out/2021 15:22 BRT

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, em reunião realizada nesta terça-feira, 26 de outubro, o reajuste tarifário anual da Amazonas Distribuidora Energia (AmE), que passa a vigorar a partir do dia 1º de novembro. O reajuste terá um efeito médio de 15,99%, sendo de 16,1% para os consumidores em alta tensão e 15,94% para os de baixa tensão.

Os consumidores residenciais da tarifa B1 terão um reajuste médio de 15,67% e com isso, o valor da tarifa passa de R$ 693,49/MWh para R$ 803,72/MWh, posicionando a empresa no primeiro lugar do ranking de tarifas da agência.

Na Parcela A, o aumento do reajuste decorreu, principalmente, das variações nos custos de energia, mas também de outros encargos do setor e do sabido endividamento da concessionária. Segundo o relator, diretor Hélvio Neves Guerra, ainda que o patamar do reposicionamento tenha sido alto, a autarquia, em conjunto com a Superintendência de Gestão Tarifária (SGT), conseguiu mitigar o efeito tarifário da AmE, que seria da ordem de 21%.

Os componentes financeiros da distribuidora responderam por 3,42%, sobre os quais incidiram os efeitos negativos das ações de mitigação para a modicidade tarifária, em -7,87%.

O Valor de Geração Própria (VGP) da Amazonas Energia também foi retificado para R$ 5,67/MWh e foi homologado o valor mensal de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) a ser repassado pela CCEE à empresa.