A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o aprimoramento das regras de conexão de usinas às instalações de transmissão e distribuição de energia elétrica. As alterações vão valer para os novos empreendimentos, sem efeito às instalações existentes.
Entre as mudanças, estão novos requisitos para centrais geradoras conectadas na distribuição, novos requisitos para compensadores síncronos, regulação primária de frequência e serviços auxiliares para usinas geradoras.
“Essa é uma deliberação muito importante importante haja a vista a questão da grande diversificação das fontes no sistema elétrico brasileiro, com a grande penetração de renováveis”, disse o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, ao comentar a proposta do diretor Ricardo Tili, relator do processo.
Segundo Feitosa, as mudanças trazem mais segurança para a operação futura do sistema, tanto em transmissão quanto em distribuição.
As alterações nos Procedimentos de Rede e nos Procedimentos de Distribuição (Prodist), que foram o resultado da consulta pública 54/2022, foram necessárias devido às centenas de usinas que estão se conectando ao sistema de distribuição com ajustes de 59,5 Hz ou 59 Hz, descoordenados com os Esquemas Regionais de Alívio de Carga (Eracs). Segundo o Operador Nacional de Energia Elétrica (ONS), a maior sensibilidade desses ajustes aumentam o risco de desligamentos em cascata.
Foram aprovadas alterações em requisitos técnicos, para constar, por exemplo, a possibilidade de flexibilização de requisitos das unidades geradoras, além de melhorias na redação da norma vigente, e o atendimento de regras de fiscalização da Aneel com a apresentação de estudos que consideram o impacto de fontes intermitentes na estabilidade do sistema de transmissão.
