Aneel aprova reajustes tarifários acima de 20% para Coelba, Cosern e Enel Ceará

Camila Maia

Autor

Camila Maia

Publicado

19/Abr/2022 14:36 BRT

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou os reajustes tarifários anuais das distribuidoras Enel Ceará, Cosern e Coelba, todos acima de 20% a partir de 22 de abril. Os valores refletem, em grande parte, os reajustes dos contratos de compra de energia pelo IPCA e o efeito do IGPM nos custos de distribuição das concessionárias.

Coelba

No caso da Coelba, da Bahia, do grupo Neoenergia, o reajuste médio será de 21,13%. Para os consumidores de alta tensão, o efeito será de 20,54%, enquanto a baixa tensão terá reajuste de 21,35%, sendo 20,73% para o grupo B1, de consumidores residenciais.

Os custos com compra de energia tiveram impacto de 3,97% nos componentes econômicos da tarifa da Coelba, refletindo o reajuste de contratos pelo IPCA, e os custos de distribuição, ajustados pelo IGPM, subiram 6,01%.

No lado dos componentes financeiros, os itens de mitigação somaram -13,55%, com destaque para o ressarcimento de créditos de PIS e Cofins, de -7,14%, e o financeiro da bandeira Escassez Hídrica, que contribuiu com -4,42%.

Cosern

A Cosern, do Rio Grande do Norte e também do grupo Neoenergia, terá reajuste de 20,36%, sendo 19,75% para alta tensão e 20,55% para baixa tensão. O consumidor residencial, do grupo B1, terá aumento de 19,87%.

Os custos de compra de energia subiram 2,99%, enquanto os custos de distribuição foram elevados em 5,54%, por conta do IGPM. Os itens de mitigação atenuaram o efeito financeiro em -12,2%, sendo -4,55% o financeiro da bandeira Escassez Hídrica, -5,8% o ressarcimento de créditos de PIS e Cofins e -1,13% a antecipação da Conta Escassez Hídrica.

Enel Ceará

O reajuste da Enel Ceará será de 24,85%. Para consumidores de alta tensão, o efeito será de 24,18%, enquanto a baixa tensão terá aumento de 25,12%, sendo 24,88% para o subgrupo B1.

A compra de energia teve efeito de 4,32%, enquanto os custos de distribuição subiram 5,58%, também refletindo os reajustes pelo IGPM, como nos casos anteriores. Já os componentes de mitigação atenuaram o efeito financeiro em -8,35%, com destaque para -2,93% de ressarcimento de PIS e Cofins e -1,24% da Conta Escassez Hídrica.