Distribuição

Tarifas de energia de Alagoas e Pernambuco terão alta média de quase 20%

Notas de real. Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Notas de real. Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deliberou nesta terça-feira, 26 de abril, sobre o reajuste tarifário anual das distribuidoras Equatorial Alagoas e Neoenergia Pernambuco. As tarifas terão um efeito médio de quase 20% nas áreas de concessão das empresas. 

Para a Equatorial Alagoas, o efeito médio a ser percebido pelos consumidores, a partir de 3 de maio, é de 19,88%, sendo de 19,24%, em média, para os clientes de alta tensão, e de 20,13%, para os de baixa tensão. A tarifa residencial B1 terá um aumento médio de 19,86%, alcançando R$ 750,49/MWh. 

Os encargos setoriais representaram 2,94% da Parcela A da tarifa, e a maior alta deve-se ao custo com compra de energia, com um aumento de 4,33%. Na Parcela B, os custos de distribuição significaram 3,46%. 

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Já os componentes financeiros tiveram impacto de 0,07%, com alta de 3,61%dos custos de energia e dos custos de encargos, por conta do despacho fora da ordem de mérito, de 5,79%, mas mitigados, principalmente, pelo empréstimo da Conta Escassez Hídrica, de -13,08%, além do diferimento da rede básica pedido pela distribuidora, de -4,22%.

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No caso da Neoenergia Pernambuco, o reajuste passa a vigorar a partir de 29 de abril, e considera um efeito médio de 18,98%, sendo de 19,01% em médio para os consumidores atendidos na alta tensão, e de 18,97% para os de baixa tensão. Para os consumidores do subgrupo B1 a alta será de 18,50%, alcançando a tarifa de R$ 735,79/MWh

Impactaram no reajuste o aumento dos encargos setoriais, de 4,18%, e de compra de energia, de 4,56%, na Parcela A, enquanto na Parcela B, os custos de distribuição tiveram efeito de 4,97%. 

Os componentes financeiros da Neoenergia Pernambuco foram impactados, principalmente, pela variação dos custos dos encargos setoriais, de 7,57%, e de energia, de 4,89%, mitigados pela soma dos mecanismos para redução de efeito tarifário de -9,81%, sendo que apenas o financeiro da bandeira escassez hídrica significou uma queda de 5,05% e o ressarcimento de créditos de PIS/Cofins, de 2,47%.