Depois da prorrogação da vigência das tarifas até 13 de maio, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste tarifário anual da Neoenergia Pernambuco, com efeito médio de 9,02%.
Para os consumidores atendidos na alta tensão, o efeito médio será de 10,41%, enquanto para os atendidos na baixa tensão, o efeito médio será de 8,51%. Para a classe residencial, o aumento médio nas tarifas será de 8,16%.
A prorrogação foi necessária para avaliação dos efeitos da micro e minigeração distribuída no mercado da distribuidora, uma vez que a Neoenergia Pernambuco foi a primeira empresa a passar pelo processo de reajuste anual.
Na análise da Aneel, foi considerado um efeito de +0,21% nas perdas técnicas, enquanto para o efeito na parcela B não houve ajuste. As áreas técnicas da agência entenderam que a alteração só pode ser realizada no processo de revisão tarifária periódica da companhia, no qual se discute o reequilíbrio econômico e financeiro da concessão.
O percentual de perdas técnicas estimado para 2021 foi de 8,98%, com base na energia injetada medida. Para o processo de revisão tarifária, o percentual é considerado nos dados faturados. Assim, o crescimento do mercado de MMGD nos últimos anos causou distorções entre os mercados medidos e faturados.
“Em que pese ser um número relativamente pequeno quando comparado a outros índices, essa é uma questão que precisa ser avaliada pela agência porque sempre traz aumento das tarifas”, disse o diretor Hélvio Guerra.
Na composição tarifária, a sobrecontratação da distribuidora teve um impacto de 7,47% nos componentes financeiros. Verificou-se que a empresa possui 128% da contratação da energia requerida e que foi repassado para a tarifa.
Já os encargos representaram tiveram efeito negativo nos componentes financeiros, de -4,91%, enquanto a reversão do financeiro da bandeira escassez hídrica foi de +5,4%. Quanto os financeiros de modicidade tarifária, o crédito de PIS/Cofins teve efeito negativo de -3,29%.