Distribuição

Enel SP deveria “ter tido mais celeridade”, diz prefeito da capital

Com ventos que atingiram 120 km/h na cidade de São Paulo na última sexta-feira, 3 de novembro, quase 2,1 milhão consumidores ficaram sem energia na cidade de São Paulo na data. Nesta segunda-feira, 6, cerca de 500 mil unidades consumidoras continuam sem energia.

Enel SP deveria “ter tido mais celeridade”, diz prefeito da capital

Com ventos que atingiram 120 km/h na cidade de São Paulo na última sexta-feira, 3 de novembro, quase 2,1 milhão consumidores ficaram sem energia na cidade de São Paulo na data. Nesta segunda-feira, 6, cerca de 500 mil unidades consumidoras continuam sem energia.

Em entrevista ao Bom Dia SP, nesta segunda, o prefeito da capital, Ricardo Nunes, contou que esteve reunido com a concessionária de distribuição da cidade, a Enel, e que entende que a empresa está prestando o serviço para retomada do fornecimento, mas que “o processo precisa ser mais rápido, mais ágil, acompanhando a gente [a prefeitura na poda das árvores]”.

Segundo o prefeito, a cidade conta com 650 mil árvores e com a queda de muitas, foi necessária a espera da Enel para desernegização da rede antes de realizar o corte e retirada daquelas que caíram.

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Nunes ainda apontou que as mudanças climáticas vão cobrar mais dos serviços públicos, e que as ações da Enel SP deveriam “ter tido mais celeridade”.

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No sábado, a prefeitura recebeu 1.400 chamados relacionados a ocorrências com árvores. Por determinação da prefeitura houve reforço nas equipes das subprefeituras, da Defesa Civil, limpeza e agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que em conjunto com a Enel passaram a noite e a madrugada e estão nas ruas de todos os bairros da cidade para recuperação de áreas afetadas.

“Tínhamos 300 profissionais atuando na área de corte e poda de árvores, e estamos agora com 1.470 profissionais nessa atividade; de 500 passamos para 1.900 homens da prefeitura no serviço de limpeza”, disse o prefeito no sábado e em nota da prefeitura.

Ainda no programa da TV Globo, o diretor de Mercado da Enel São Paulo, André Oswaldo Santos, destacou a resposta da distribuidora que nas primeiras 24 horas restabeleceu a energia para 920 mil unidades consumidoras e ampliou o número de funcionários nas ruas para emergência de 600 para 2 mil.

“Numa contingência normal, 600 pessoas atuam na emergência e saiu para 1.800 pessoas, depois trouxemos equipes da Enel Rio e chegamos a 2.000 pessoas trabalhando na rua”, disse Santos em entrevista.

A previsão é que até amanhã, 7, a energia esteja totalmente restabelecida na cidade. “A melhor previsão que a gente consegue dar é que vai zerar, vai conseguir sair dessa contingência amanhã, mas isso a cada hora a gente está conseguindo restabelecer alguns milhares de pessoas. Então a gente vai nesse trabalho constante e a cada momento a gente tem uma atualização, apontou o diretor da Enel.

Questionado sobre o enterramento de cabos na cidade de São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes ressaltou que a prefeitura promulgou a lei municipal de enterramento, mas ficou pacificado judicialmente que a prefeitura não poderia cobrar isso da concessionária de distribuição, uma vez que sua concessão está vinculada ao governo federal, com sanções a serem atribuídas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Hoje, às 16h30, está prevista uma reunião no Palácio do Governo de São Paulo, com a presença de Sandoval Feitosa, prefeitura e as distribuidoras que atuam no estado, para discutir as ações de resposta da empresa no evento de sexta-feira.