Após outro episódio de interrupção de energia envolvendo a Enel São Paulo, o ministro de Minas e Energia encaminhou ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinando “célere e rígida apuração dos fatos”, bem como responsabilização e “punição rigorosa” da distribuidora. Por meio de nota, o ministro afirmou que companhia precisa comprovar “urgentemente” a sua capacidade de continuar atuando em suas concessões no Brasil.
O comunicado foi publicado após cinco bairros da região central de São Paulo ficarem parcialmente sem energia, episódio que a Enel atribuiu à uma escavação realizada pela Sabesp que teria atingido cabos da rede subterrânea da distribuidora.
Segundo o ministro, a interrupção causou prejuízo para cerca de 35 mil moradores, afetando hospitais, comércio e outras atividades, além de somar a diversas outras falhas na prestação dos serviços de energia elétrica pela concessionária, “que tem demonstrado incapacidade de prestação dos serviços de qualidade à população”.
Na nota, o ministro diz que convocou o presidente da concessionária à sede do Ministério de Minas e Energia, em Brasília, para prestar maiores esclarecimentos.
Para Silveira, a concessionária tem obrigações estabelecidas no seu contrato de concessão, devendo manter índices de qualidade no atendimento aos consumidores e disponibilização de meios para regularização do fornecimento em caso de falhas, dentro de padrões adequados, para um serviço público essencial à vida das pessoas.
Na sexta-feira, 15 de março, o aeroporto de Congonhas ficou sem energia por pouco mais de uma hora e suspendeu suas operações nesse período, causando atrasos e cancelamentos. No dia seguinte, a região do Brás teve o fornecimento interrompido e comerciantes publicaram vídeos nas redes sociais reclamando de prejuízos para suas vendas.