A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registrou a adesão de 50 das 53 distribuidoras de energia do país à “Conta-Covid”, empréstimo negociado pelo governo com bancos públicos e privados para injetar recursos no caixa das empresas. Com isso, o total de recursos solicitado somou R$ 14,848 bilhões, 91% do limite máximo da operação, que era de R$ 16,1 bilhões.
“A operação foi um sucesso e um passo fundamental para a manutenção da confiança dos investidores no setor”, disse, à MegaWhat, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone. “Todos os grandes aderiram”, completou.
Apenas três concessionárias não enviaram o termo de adesão até ontem, quando se encerrou o prazo: Cooperaliança (que poderia receber R$ 1,9 milhão), João Cesa (que teria direito a R$ 304,7 mil) e Forcel (que podia pedir R$ 879 mil). A Iguaçu, que tem direito a R$ 6,9 milhões, enviou o plano, mas sem a planilha, o que fez com que a agência inicialmente não considerasse valores. Posteriormente, o pleito foi aceito.
Do total a ser captado por meio do empréstimo, R$ 804,8 milhões se referem à antecipação da Parcela B e outros R$ 479,7 milhões são para atendimento do Grupo A. A adesão dos consumidores do Grupo A chamou a atenção por ser inferior aos R$ 900 milhões que teriam direito.
Notícias Relacionadas
Negócios
Enel aumenta investimentos em distribuidoras em 60% até 2027
Concessionárias no Brasil devem receber US$ 4,6 bilhões nos próximos três anos
Empresas
Light inicia retirada de geradores após avanço na modernização do sistema de transmissão
A Light iniciou nesta quarta-feira, 20 de novembro, o processo de retirada de 180 geradores que foram instalados para dar suporte às obras da nova linha de transmissão que abastece a Ilha do Governador e a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. Segundo a empresa, os equipamentos não serão mais necessários diante do avanço […]
“Isso aconteceu provavelmente porque os grupos econômicos devem ter acesso a recursos a taxas menores, e por isso acharam que o empréstimo não era interessante”, explicou Pepitone. No caso do diferimento do pagamento pelo Grupo A, o empréstimo seria registrado em balanço, diferentemente dos recursos que entrarão no caixa das distribuidoras, que têm como garantia ativos tarifários.
Segundo Pepitone, a intenção é manter o cronograma colocado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para que os recursos sejam liberados ainda neste mês.
Além disso, a Aneel vai avançar nas discussões dos impactos econômicos da pandemia nas distribuidoras e como serão reconhecidos. As regras de custeio do spread da operação também serão debatidas agora.
Atualizada às 10h de 16/07/2020
