O governo brasileiro está trabalhando no desenvolvimento de um mercado de carbono com créditos baseados em metano, afirmou Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente, durante participação do evento virtual CEO Conference, do BTG Pactual.
“Fizemos reuniões com o setor privado para montar o mercado nacional de carbono, algo que já aconteceu em outras partes do mundo de forma voluntária. E, para avançar, nas últimas duas semanas transferimos o tema para a Economia”, afirmou Leite.
Além do mercado de carbono, o ministro disse que o governo pretende anunciar nos próximos dias um programa específico para metano na gestão de resíduos sólidos, a fim de aproveitá-los na geração de energia. O programa está sendo preparado junto da pasta de Minas e Energia.
De acordo com o ministro, uma das prioridades do ministério é a transição para a economia verde, focada em energias renováveis, produção de baixa emissão e projetos específicos de redução de gases metano.
Ainda em relação ao metano, Ricardo Botelho, presidente da Energisa, afirmou que o Brasil possui sua maior vantagem econômica em questões ambientais. O executivo reforçou o uso de aterros e rejeitos do agronegócio como fonte de biogás, que segundo ele, poderia gerar 40% da necessidade energética adicional no país até 2030.
Em novembro do ano passado, durante a COP 26, o governo brasileiro assinou o compromisso de reduzir em 50% das emissões dos gases associados ao efeito estufa até 2030 e a neutralização das emissões de carbono até 2050.