A Energoatom, estatal ucraniana que opera as quatro usinas nucleares do país, informou nesta quarta-feira, 9 de março, a queda de energia na estação de Chernobyl, alertando para o risco de emissão de radiação pela Europa. A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês), entretanto, respondeu ao alerta e minimizou as preocupações com a situação.
Segundo a agência, o combustível nuclear de Chernobyl está suficientemente resfriado para que essa queda de energia não represente um perigo imediato à segurança europeia, mas apresentou preocupações relativas às trocas de turnos dos trabalhadores da usina, que está sob o controle de forças russas.
“A IAEA afirma que a carga térmica da piscina do depósito de combustível usado e o volume de água de resfriamento na planta nuclear de Chernobyl são suficientes para garantir uma remoção eficaz do calor sem necessidade de suprimento elétrico”, publicou a entidade em sua conta do Twitter.
Para auxiliar na proteção das usinas nucleares do país, o diretor-geral da IAEA, Rafael Mariano Grossi, dispôs-se a intermediar um encontro entre Rússia e Ucrânia para negociar questões relativas à segurança nuclear, mas nada foi agendado até o momento.
Em sua 15ª atualização sobre a situação no leste europeu, Grossi também informou que o regulador das usinas nucleares operacionais da Ucrânia afirmou que oito dos 15 reatores do país estão em operação e que os níveis de radiação nos locais estavam normais.