Economia e Política

Marcos do hidrogênio e eólica offshore são fundamentais para atração de investimentos, diz Amcham

A Amcham Brasil lançou nesta quinta-feira, 9 de fevereiro, uma agenda de propostas para aprofundar o relacionamento bilateral entre o Brasil e Estados Unidos, envolvendo iniciativas conjuntas nas áreas de meio ambiente, cadeias produtivas e de comércio e investimentos. O documento foi enviado para representantes de ambos os governos, em razão do primeiro encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden, marcado para amanhã, em Washington, DC.

Marcos do hidrogênio e eólica offshore são fundamentais para atração de investimentos, diz Amcham

A Amcham Brasil lançou nesta quinta-feira, 9 de fevereiro, uma agenda de propostas para aprofundar o relacionamento bilateral entre o Brasil e Estados Unidos, envolvendo iniciativas conjuntas nas áreas de meio ambiente, cadeias produtivas e de comércio e investimentos. O documento foi enviado para representantes de ambos os governos, em razão do primeiro encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden, marcado para amanhã, em Washington, DC.

A agenda de iniciativas da Câmara Americana de Comércio mostra, com dados do Banco Central do Brasil, que a maior parte do Investimento Estrangeiro Direto (IED) no brasileiro vem dos Estados Unidos, o equivalente a US$ 123,8 bilhões, ou 24% do total recebido pelo Brasil até o momento.

Desse montante, a Acham destaca os 12 setores com maior investimento norte-americano, como o setor de indústrias de transformação (US$ 33,4 bilhões) e o eletricidade e gás (US$ 2,9 bilhões).

Em meio ambiente, as propostas da Câmara mostram oportunidades e espaços de cooperação de mútuo interesse em energias renováveis, infraestrutura verde, mercados de carbono, regeneração de florestas nativas, mecanismos de compensação de florestas em pé, uso sustentável da biodiversidade, gerenciamento de resíduos, entre outros.

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Da mesma forma, cita a atração de recursos e investimentos na pesquisa, desenvolvimento e produção sobre energias renováveis, incluindo solar, eólica, hidrogênio verde, biocombustíveis avançados, entre outras, considerando as potencialidades de ambos os países.

“Destaca-se que o Brasil é uma potência global em energia renovável, tendo recebido investimentos de R$ 200 bilhões em energia eólica e de R$ 86 bilhões em energia solar na última década. Para intensificar a atração brasileira de investimentos, entre outras ações, o país deve avançar na implementação do Plano Nacional de Hidrogênio, com a adoção de marcos regulatórios baseados nas melhores práticas internacionais, bem como aprovar um marco legal sobre energia eólica offshore”, diz trecho da agenda.

O setor energético brasileiro também aparece nas propostas para fortalecimento produtivo e diversificação de cadeias de valor entre os países. A Amcham Brasil utiliza como exemplo “que o fornecimento de gás natural pelos Estados Unidos para abastecer termelétricas brasileiras foi fundamental para o país superar a sua pior crise hídrica dos últimos 100 anos”.

No mesmo tema, o plano de ação propõe a identificação das principais oportunidades para cooperação em semicondutores, baterias e carros elétricos, entre outros, e a diversificação de fornecedores no âmbito bilateral, inclusive por meio do estímulo a investimentos públicos e privados.

Além das oportunidades derivadas a partir da maior cooperação nos eixos de meio ambiente e de fortalecimento produtivo, a Amcham indica um conjunto de iniciativas de caráter econômico-comercial. Para impulsionar os mecanismos bilaterais de comércio, o plano de ação sugere a realização de reuniões recorrentes entre os principais mecanismos bilaterais entre o Brasil e os Estados Unidos.

“A existência de foros institucionais de diálogo bilateral contribui para garantir o avanço consistente em áreas como comércio, investimentos, energia, infraestrutura, meio ambiente, agricultura, defesa, entre outras”, aponta trecho da iniciativa da Amcham Brasil.

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