Economia e Política

MDIC assina acordo para financiamento de projetos de transição energética

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), duas subsidiárias da Assembleia Geral das Nações Unidas e o Instituto Blend de Pesquisa e Gestão em Finanças Sustentáveis, assinaram nesta quarta-feira, 6 de dezembro, declaração conjunta para apoio ao financiamento da transição justa e verde-energética.

MDIC assina acordo para financiamento de projetos de transição energética

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), duas subsidiárias da Assembleia Geral das Nações Unidas e o Instituto Blend de Pesquisa e Gestão em Finanças Sustentáveis, assinaram nesta quarta-feira, 6 de dezembro, declaração conjunta para apoio ao financiamento da transição justa e verde-energética.

A iniciativa tem o objetivo de incentivar a transição energética no Brasil e, também, criar uma força-tarefa encarregada de trabalhar junto a fundos soberanos, financiadores, universidades e sociedade civil para a implementação das medidas em áreas acordadas na parceria. O grupo será composto pelos signatários da declaração, por governos nacionais e regionais e por bancos de desenvolvimento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Corporação Andina de Fomento (CAF).

“O Brasil pode ser um local para receber empresas do mundo todo que precisem acelerar seus processos de descarbonização, pois temos energia abundante, limpa e barata, e temos também um sistema de segurança jurídica e um sistema democrático sólido”, afirmou Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, em cerimônia de assinatura.

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BNDES

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Ainda nesta quarta-feira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou contratos de captação de recurso com o New Development Bank (NDB), também conhecido como o Banco do Brics, intuição financeira formada por África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia.

Os recursos somam US$ 1,7 bilhão. Do montante, US$ 500 milhões são para projetos de combate às mudanças climáticas e US$ 1,2 bilhão são destinados a investimentos em infraestrutura sustentável.

Os valores poderão ser utilizados pelo BNDES para financiar investimentos dos setores público e privado em todo o território nacional, o que deve ampliar a capacidade da instituição para apoiar a transição para a economia de baixo carbono e a agenda do clima, segundo informações do governo federal.

“Nós tivemos uma melhora importante no ambiente macroeconômico do Brasil, mas os extremos climáticos estão exigindo respostas mais urgentes e relevantes. É uma parceria muito importante, a pressão de crédito é muito forte sobre os Brics, isso significa que temos mais perspectiva de investir em energia limpa e renovável. E vamos continuar avançando”, destacou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, durante o evento de assinatura.

A captação para investimentos em infraestrutura sustentável contemplará projetos de energia renovável, transporte e logística, saneamento, mobilidade urbana, tecnologias da informação e comunicação (TIC) e infraestrutura social, com foco em educação e saúde. Com prazo de 24 anos, a operação prevê que até 30% dos recursos sejam utilizados pelo BNDES para financiamento de debêntures nos setores definidos.

Já os projetos referentes à agenda de redução de emissões de gases do efeito estufa e adaptação às mudanças climáticas serão voltados a áreas como mobilidade urbana sustentável, resíduos sólidos, energias renováveis, equipamentos eficientes, cidades sustentáveis e florestas nativas. Nesse caso, o prazo para utilização dos recursos é de 11 anos e seis meses.

“É um projeto bastante atrativo, e o foco do banco é investir em desenvolvimento sustentável e inclusivo. Nesse sentido, o banco investe em infraestrutura, mas considerando todos esses aspectos, tanto na repercussão em termos de meio ambiente quanto em termos da qualidade de vida dessas pessoas. “, finalizou Dilma Rousseff, presidente do Banco dos Brincs.