Em 30 dias, Nova Indústria Brasil libera R$ 5,3 bi em recursos, que incluem projetos de solar e hidrogênio

Poliana Souto

Autor

Poliana Souto

Publicado

23/Fev/2024 15:05 BRT

O programa Nova Indústria Brasil (NIB) aprovou R$ 5,3 bilhões em financiamentos para projetos voltados à inovação, produtividade, sustentabilidade e ampliação da capacidade exportadora desde o seu lançamento em janeiro. De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), entre os projetos contemplados estão o desenvolvimento de motores elétricos para veículos, semicondutores para módulos de energia solar e a produção de hidrogênio a partir de biogás.

Os recursos liberados foram disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 4,9 bilhões; e pela Financiado de Estudos e Projetos (Finep), com R$ 429, 1 milhões.

>> Nova Indústria Brasil é ‘empacotamento’ de iniciativas de 2023, afirma Haddad.

Para o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, o valor atingido nos primeiros 30 dias do programa demonstram como a política pode ajudar a estimular na neoindustrialização do setor produtivo brasileiro.

"A Nova Indústria Brasil está provando ser um motor fundamental para a colaboração entre setor público e privado, impulsionando nossa indústria rumo a novos horizontes de desenvolvimento, inovação, produtividade, mais exportação, sustentabilidade e competitividade", avalia o ministro.

No Fiesp

O vice-presidente participou nesta semana de reunião conjunta de seis conselhos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para falar sobre a produtividade e taxa de investimento no Brasil. Em seu discurso, Alckmin aproveitou para afirmar que o programa ajudará o país a focar na indústria verde e sustentável em busca descarbonização.

“O grande desafio do mundo será a sustentabilidade. A pergunta é como podemos produzir bem, barato e compensando as emissões de gases de efeito estufa? Temos tudo para avançar na questão da indústria verde e da descarbonização”, pontuou.

No entanto, para atingir a meta do programa, o vice-presidente ressaltou que é preciso agir na solução de alguns problemas, “atacando” os juros, o câmbio e o imposto.

“Política industrial não resolve tudo sem uma boa macroeconomia e sem redução do custo Brasil. O câmbio está competitivo. Os juros são muito altos, mas estão em queda. A cada reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), cai meio ponto percentual. Temos impostos elevados, mas a reforma tributária vai ajudar porque vai simplificar, reduzir custo e desonerar investimento e exportação. Não há bala de prata. É fazer a lição todo dia: reforma trabalhista, reforma tributária, reforma previdenciária, reforma administrativa”, elencou.

>> Brasil pode enfrentar concorrência global com seu valor agregado em renováveis.

Plano de ação

Também nesta semana, a pasta informou que o plano de ação da política de desenvolvimento do Nova Indústria Brasil para o período 2024 a 2026 terá metas aspiracionais avaliadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial no prazo de até 90 dias. Ao final do prazo, as informações serão divulgadas  no site do conselho.

A informação foi divulgada por meio de uma resolução, publicada no Diário Oficial da União. Conforme texto da publicação, as ações da União relacionadas ao desenvolvimento industrial e constantes no plano de ação serão monitoradas preferencialmente por meio dos instrumentos de monitoramento e avaliação previstos na lei que instituir o Plano Plurianual para o período de 2024 a 2027.O resultado da avaliação de longo prazo será publicado a cada três anos.