O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) anunciou nesta segunda-feira, 25 de março, subsídio de US$ 6 bilhões para 33 projetos industriais voltados a redução das emissões de carbono localizados em 20 estados. A iniciativa está dentro do Inflation Reduction Act (IRA) e da Bipartisan Infrastructure Law.
Segundo a pasta, juntas, as iniciativas podem reduzir as emissões em 14 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono (CO₂) por ano, o que equivale a tirar das ruas cerca de 3 milhões de veículos movidos a gasolina.
“Estimular a próxima geração de tecnologias de descarbonização em indústrias-chave como ferro e aço, papel, concreto e vidro pode manter os Estados Unidos como um dos países mais competitivos no mundo. O DOE está fazendo o maior investimento em descarbonização industrial da nossa história”, disse a secretária de Energia americana, Jennifer Granholm.
Os projetos
Sete projetos contemplados pelo DOE são do setor de produtos químicos e refino. As iniciativas pretendem transformar o carbono capturado na produção de baterias de veículos elétricos, e-metanol e combustível sustentável.
Das áreas de cimento e concreto, foram selecionados seis projetos voltados ao desenvolvimento de tecnologias capazes de eliminar todas as emissões de CO₂ das fábricas.
Outros seis projetos são dos segmentos de ferro e aço e preveem, entre outras ações, a fabricação dos materiais com emissões zero, por meio do uso do hidrogênio verde.
Alumínios e metais tiveram cinco projetos selecionados, que incluem a fabricação de alumínio verde, conversão de fornos para baixo carbono, entre outras iniciativas.
Três soluções de eletrificação e eficiência energética são dos setores de alimentos e bebidas. Já as áreas de papel e celulose buscam melhorar a sua eficiência energética.
A indústria de vidro usará os recursos para adoção de fornos híbridos ou elétricos.
Dois projetos planejam validar a adoção de caldeiras elétricas e produção de vapor elétrico para reduzir as emissões associadas.
Entre as empresas contempladas estão a Constellium, ExxonMobil, SP Chemicals e Unilever.