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Guerra na Ucrânia afeta Vestas, que tem prejuízo no 1ºtri e reduz previsão de receita no ano

V112 3.0 MW Lem 2010 turbine against the light with blue sky and clouds
V112 3.0 MW Lem 2010 turbine against the light with blue sky and clouds

Após ter um prejuízo de 765 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, a fabricante de aerogeradores dinamarquesa Vestas reduziu a previsão de receita para 2022, refletindo a retirada de suas atividades na Rússia, o efeito da guerra na Ucrânia nos seus resultados, além do cenário de negócios mais desafiador previsto para o ano. 

A receita de 2022, antes projetada entre 15 bilhões de euros e 16,5 bilhões de euros, deve ficar na faixa entre 14,5 bilhões de euros e 16 bilhões de euros.

No primeiro trimestre deste ano, a Vestas fez baixas contábeis relacionadas à invasão russa na Ucrânia em atividades de geração offshore, no total de 565 milhões de euros. Para lidar com o cenário de negócios atual, a companhia também fez uma alteração estratégica nas suas prioridades.

“A crescente crise energética, contudo, também levou a um aumento no apoio político para as renováveis, a fim de aumentar a independência energética e manter os preços de energia baixos, e estamos fortalecendo nossos fundamentos para apoiar os governos e os clientes a atingirem essas metas”, disse o presidente da Vestas, Henrik Andersen.

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No trimestre, a receita da Vestas cresceu 26,6%, a 2,48 bilhões de euros, enquanto o prejuízo líquido cresceu mais de 1.000%, a 765 milhões de euros. As novas encomendas cresceram 87,5% em valor, a 3 bilhões de euros, e em 46,3% em potência, chegando a 2.948 MW.

Com isso, a Vestas chegou a uma carteira de pedidos de 22,181 GW, no valor de 18,9 bilhões de euros, com mais 30 bilhões de euros em pedidos de serviços.

O crescimento das encomendas no trimestre refletiu dois novos projetos offshore em Taiwan, além do forte crescimento de turbinas onshore na América Latina, principalmente Brasil e Argentina.