A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren) se reuniu na semana passada com membros do Ministério de Minas e Energia para defender a contratação de pelo menos 200 MW de energia proveniente da recuperação energética de resíduos sólidos urbanos (RSU) no próximo leilão de energia nova.
A reunião aconteceu entre Yuri Schmitke, presidente da Abren, e Gentil Nogueira, secretário de Energia Elétrica do MME e Gustavo Masili, secretário adjunto de Planejamento Energético da pasta.
No encontro, Schmitke defendeu o preço mínimo de R$ 745,50/MWh para projetos de RSU no próximo leilão de energia nova, patamar determinado por uma portaria em 2018, com a finalidade de estimular a fonte, ainda em desenvolvimento no país.
Os leilões de energia nova dependem da demanda das distribuidoras para contratação de projetos. Em 2021, foram contratados 12 MW da usina Barueri no leilão A-5, ao preço de R$ 549,35/MWh, deságio de 14,03% ante o preço máximo do certame, que era de R$ 639/MWh. Em 2022, a mesma usina vendeu 1,2 MW no leilão, com preço de R$ 603/MWh, com desconto de 2,58%.
A Abren estima que se a fonte tiver um preço adequado nos leilões deste ano, a usina de Barueri deve participar novamente com 2,9 MW restantes da sua capacidade total projetada, de 16 MW. Além dela, também prevê que participem projetos como o Lara, de 80 MW, Ciclus, de 31 MW, e o Consórcio Intermunicipal Consimares, de 20 MW.