A Eletrobras reconheceu um novo atraso para o início de operação da usina nuclear de Angra 3, de 1.405 megawatts (MW), no litoral Sul do Rio de Janeiro. A companhia trabalha agora com a partida da terceira usina nuclear do país apenas em fevereiro de 2028. A estimativa é que o empreendimento demande cerca de R$ 15 bilhões para ser concluído.
A nova data, aprovada pela companhia neste mês, já é uma modificação em relação ao recém-aprovado Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031, que trabalhava com uma estimativa de operação plena de Angra 3, em 2027. O documento prevê ainda uma quarta usina nuclear no país, que entraria em operação a partir de 2031.
O novo cronograma para Angra 3, aprovado pela diretoria executiva da Eletronuclear e encaminhado para o conselho de administração da estatal, foi preparado pelo consórcio contratado pelo BNDES para realizar a auditoria técnica do projeto, no âmbito dos estudos que estão sendo realizados para a viabilização do empreendimento. As informações constam de nota explicativa do resultado da Eletrobras no primeiro trimestre de 2022.
Obras
Em fevereiro deste ano, a Eletronuclear assinou contrato com o consórcio formado pelas empresas Ferreira Guedes, Matricial e ADtranz para a retomada das obras da usina de Angra 3. O consórcio ficará responsável por serviços relacionados ao plano de aceleração do caminho crítico da terceira usina nuclear do país.
O pacote de serviços envolve principalmente a conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator de Angra 3, além do fechamento da esfera de aço da contenção e a instalação da piscina de combustíveis usados, da ponte polar e do guindaste semipórtico.
De acordo com a Eletronuclear, uma outra licitação será realizada para contratar a empresa ou consórcio que ficará responsável pela finalização das obras civis e da montagem eletromecânica da usina, por meio de um contrato de EPC (sigla em inglês para engenharia, gestão de compras e construção).