O conselho de administração da Eletrobras teve mais uma baixa, com a renúncia de Wilson Ferreira Junior, que até o início de março ainda era presidente da estatal.
Na carta de renúncia, Ferreira Junior afirmou que o volume de trabalho que tem enfrentado na presidência da BR tem superado suas expectativas iniciais. Além disso, o executivo citou desconforto com a falta de uma manifestação definitiva da Comissão de Ética Pública da Presidência da República quanto a um potencial conflito de interesses no exercício das duas funções.
Quando o executivo decidiu deixar a Eletrobras, com a expectativa de se manter no conselho e ocupar a presidência da BR, ele consultou a Comissão de Ética imediatamente, a recebeu uma manifestação favorável de carater provisório. “Ocorre que, transcorridos quase 60 dias da referida decisão, não houve, até esta data, a manifestação definitiva da Comissão, o que resulta, para mim, em situação pouco confortável”, escreveu.
Essa é a segunda baixa no conselho da Eletrobras em uma semana. Em 13 de abril, quem renunciou ao colegiado foi Lucia Casasanta, que antes de conselheira tinha sido a primeira diretora de Governança, Riscos e Conformidade da estatal. Ambos os nomes eram indicações do acionista controlador da Eletrobras – a União – e tinham sido indicados para recondução na assembleia geral ordinária (AGO) prevista para 27 de abril. Agora, a União precisará indicar novos nomes para substituí-los.