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Capitalização da Eletrobras deve ocorrer até julho, diz MME

Após o adiamento pelo Tribunal de Contas da União (TCU) do julgamento de item relativo à privatização da Eletrobras, o governo trabalha com a possibilidade de realizar a capitalização da empresa no fim do primeiro semestre ou em julho, afirmou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, nesta sexta-feira, 22 de abril. Segundo ele, a operação levará em consideração as demonstrações financeiras do primeiro trimestre da companhia, previstas para serem divulgadas em 16 de maio. “Vai obrigar um ajuste em nosso cronograma para oferta de ações. E vamos ter que considerar os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2022. [...] Vamos realizar a oferta de ações no primeiro semestre ou, no mais tardar, no início do segundo semestre de 2022”, disse o ministro, em entrevista coletiva realizada por meio eletrônico, após ele ter se reunido com autoridades e representantes de empresas indianas, no país asiático.

Brasília-DF 26/03/2019 Audiência Pública da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal. Bento Albuquerque, Ministro de Estado de Minas e Energia. Senado Federal. Foto: Saulo Cruz/MME
Brasília-DF 26/03/2019 Audiência Pública da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal. Bento Albuquerque, Ministro de Estado de Minas e Energia. Senado Federal. Foto: Saulo Cruz/MME

Após o adiamento pelo Tribunal de Contas da União (TCU) do julgamento de item relativo à privatização da Eletrobras, o governo trabalha com a possibilidade de realizar a capitalização da empresa no fim do primeiro semestre ou em julho, afirmou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, nesta sexta-feira, 22 de abril. Segundo ele, a operação levará em consideração as demonstrações financeiras do primeiro trimestre da companhia, previstas para serem divulgadas em 16 de maio.

“Vai obrigar um ajuste em nosso cronograma para oferta de ações. E vamos ter que considerar os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2022. […] Vamos realizar a oferta de ações no primeiro semestre ou, no mais tardar, no início do segundo semestre de 2022”, disse o ministro, em entrevista coletiva realizada por meio eletrônico, após ele ter se reunido com autoridades e representantes de empresas indianas, no país asiático.

Segundo Albuquerque, o governo trabalha com a expectativa de que o TCU delibere sobre o assunto em 11 de maio.

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Com uma visão otimista, o ministro classificou a decisão do TCU desta semana um avanço.

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“Eu acredito no nosso entendimento da decisão Tribunal de Contas da União (TCU). Foi um avanço dentro do processo de capitalização da Eletrobras. Foi um avanço no sentido de que o relator [Aroldo Cedraz] apresentou o voto dele. Houve oportunidade de o voto ter sido discutido pelos outros ministros e a decisão de o processo entrar na pauta em até 20 dias”, completou.

Questionado sobre uma eventual volatilidade de preços de ações, devido ao período eleitoral, que possa prejudicar a operação da Eletrobras, Albuquerque disse não haver esta preocupação e que o mercado em geral já demonstrou o interesse pelo negócio.

Comitiva à Índia

Durante agenda na Índia esta semana, Albuquerque reuniu-se com o ministro do Petróleo e Gás Natural daquele país, Hardeep Puri. No encontro, eles repassaram o conjunto da agenda bilateral de energia e discutiram sobre segurança energética global e volatilidade dos preços internacionais.

Acompanharam a comitiva do ministro, empresários das indústrias sucroenergética e automobilística brasileiras, além da Petrobras. Na ocasião, foram assinados dois acordos entre entidades privadas. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) e a Sociedade de Fabricantes de Veículos da Índia (Siam) firmaram memorando de cooperação que prevê, entre outras iniciativas, o lançamento do Centro Virtual de Excelência de Etanol. E o representante do Arranjo Produtivo Local do Álcool (APLA) assinou acordo com a contraparte indiana para o licenciamento da tecnologia.

“A Índia é um parceiro comercial importante para o Brasil”, explicou Albuquerque. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a Índia é o quinto parceiro comercial do Brasil e importante fonte de investimentos no setor de energia do país. O petróleo é o principal produto exportado pelo Brasil para a Índia (42% do total exportado), enquanto combustíveis, em especial o óleo diesel, representam cerca de 20% do que o país importa da Índia.

Segundo o ministro, as conversas com as autoridades e a indústria indianas terão continuidade. Uma comitiva indiana está prevista para vir ao Brasil na última semana de maio.

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