Operações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) de projetos de geração eólica e solar somaram R$ 49,4 bilhões entre 2014 e 2023, de acordo com um estudo realizado pela Clean Energy Latin America (Cela) a partir de pesquisa e contribuições dos players das fontes solar fotovoltaica e eólica.
Em 2023, foram mapeadas 29 transações, envolvendo R$ 9,3 bilhões, uma desaceleração em relação aos números recordes de 2022, quando foram mapeadas 33 operações, somando cerca de R$ 15,5 bilhões.
Entre 2014 e 2023, foram 193 transações, a maior parte delas de geração centralizada das fontes eólica e solar. Desde 2020, os negócios de geração solar distribuída vem crescendo, somando 45 do total mapeado.
“A análise do total de transações realizadas anualmente por fonte de energia e ambiente regulatório mostra claramente que os últimos nove anos registraram presença crescente de M&As. Destaca-se a presença mais intensa da geração centralizada de 2014 a 2019, o que se deve, em parte, às iniciativas governamentais voltadas para a popularização das energias renováveis no País, como os leilões de energia renovável”, disse Camila Ramos, CEO da CELA.
Na divisão por volume financeiro, R$ 34,8 bilhões foram registrados em negócios da fonte eólica; R$ 8,68 bilhões em solar centralizada; e R$ 2,1 bilhões em solar distribuída.
A capacidade negociada no período somou 52,38 GW, com liderança também da fonte eólica (31,2 GW), seguida pela solar centralizada (15,3 GW) e por 910 MW de solar distribuída. A diferença é explicada pelo menor porte dos projetos de GD.