Empresas

Plano estratégico da Petrobras foca em E&P e redução de desinvestimentos

A Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou nesta quarta-feira, 30 de novembro, seu Plano Estratégico para o período 2023-2027 prevendo investimento de US$ 78 bilhões, um crescimento de 15% em relação ao plano anterior (2022-2026), de US$ 68 bilhões.  

Plano estratégico da Petrobras foca em E&P e redução de desinvestimentos

A Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou nesta quarta-feira, 30 de novembro, seu Plano Estratégico para o período 2023-2027 prevendo investimento de US$ 78 bilhões, um crescimento de 15% em relação ao plano anterior (2022-2026), de US$ 68 bilhões.  

Sobre o plano de investimentos, Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), e membro da equipe de transição governo da área de energia,  avalia que o planejamento estratégico será revisto pelo novo governo para incluir investimentos em aumento da capacidade de refino, em projetos de transição energética, com estímulos a fontes renováveis, como biocombustíveis, e encomendas à indústria naval brasileira, com a construção de plataformas e embarcações no Brasil.

A estatal reforçou seu foco em áreas de Exploração e Produção (E&P), representando 82% do montante projetado. O pré-sal segue como o grande foco da companhia, sendo responsável por 67% do total dos recursos de E&P. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Margem Equatorial receberá boa parte dos investimentos de exploração de petróleo e gás, ficando com US$ 3 bilhões nos próximos cinco anos. Atualmente, a Petrobras possui 16 poços no local para exploração e aguarda o licenciamento ambiental do Ibama para iniciar a sondagem. Recentemente, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, discursou sobre a importância da área para ‘garantir’ investimentos privados no Brasil.   

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já o setor de refino e gás natural da companhia contará com fomento de US$ 9,2 bilhões. Metade do valor será destinado à expansão e aumento de eficiência, focados, principalmente, na ampliação de produção do diesel S-10 e do BioQAV,  

Além disso, a petroleira investirá US$ 4,4 bilhões em projetos direcionados a iniciativas em baixo carbono. 

Desinvestimentos 

A Petrobras ainda manteve a intenção de desinvestir cerca de US$ 20 bilhões.  A petroleira anunciou a conclusão do processo de venda da refinaria a Refinaria Isaac Sabbá (Reman), localizada em Manaus, Amazonas, para a Ream Participações, do grupo Atem, por US$ 257,2 milhões. A Reman tem capacidade de processamento de 46 mil barris por dia e a venda também inclui um terminal aquaviário. 

O valor reflete o preço de compra de US$ 189,5 milhões, anunciado em agosto, ajustado preliminarmente em função de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação. O montante recebido nesta quarta-feira, de US$ 228,8 milhões, se soma aos US$ 28,4 milhões já pagos na assinatura do contrato de compra e venda. O contrato ainda prevê um ajuste final do preço de aquisição, que será apurado nos próximos meses. 

Deyvid Bacelar também lamentou a venda da Reman. Na última segunda-feira, 28, em reunião com o presidente da Petrobrás, Caio Paes de Andrade, representantes do grupo de transição pediram a suspensão das privatizações e o cancelamento do processo de conclusão da venda da Refinaria do Amazonas e demais ativos com conclusão de venda previsto até 31 de dezembro.

A Petrobras ainda informou que desistiu da venda da UTE Canoas, localizada no município de Canoas, no Rio Grande do Sul. Segundo nota, apesar dos esforços para alienar o ativo, não foi possível continuar o processo, porém a estatal avaliará os próximos passos relacionados ao desinvestimento.  

Outro anunciou feito pela estatal, foi a conclusão da venda de 5% de participação no Contrato de Partilha de Produção do Volume Excedente da Cessão Onerosa, para o campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, para a parceira CNOOC Petroleum Brasil Ltda. (CPBL), subsidiária integral indireta da CNOOC Limited, após assinatura do Ministério de Minas e Energia, por R$ 10,3 bilhões