O conselho de administração da gigante energética Shell apresentou proposta de simplificação de sua estrutura acionária e mudança de sede, da Holanda para o Reino Unido, com o objetivo de aumentar a agilidade e a flexibilidade da gestão de recursos e de portfólio do grupo. Estima-se também que a reestruturação reduzirá a pressão que a companhia sofre da Justiça holandesa por redução de emissões de gases de efeito estufa e eliminará a discussão com relação à taxação de dividendos na Holanda.
Segundo a empresa, a proposta divulgada na última segunda-feira prevê basicamente a definição de uma única estrutura acionária da companhia, que hoje possui um complexo sistema de ações duplas, e a implementação da residência fiscal do grupo no Reino Unido, onde passará a ser realizadas as reuniões do conselho e onde ficarão baseados os principais executivos.
“O conselho acredita unanimemente que a simplificação [da estrutura acionária] fortalecerá a competitividade da Shell e acelerará as distribuições aos acionistas e a entrega de sua estratégia de se tornar um negócio na área de energia com emissões líquidas zero [de gases de efeito estufa]”, informou a gigante energética.
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A proposta está prevista para ser votada pelos acionistas da companhia em assembleia geral extraordinária marcada para 10 de dezembro.
No Brasil, a Shell é a segunda maior produtora de óleo e gás do país, atrás apenas da Petrobras, com uma produção de mais de 450 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia. A empresa é uma das dez que tiveram a inscrição aprovada para participar do segundo leilão do excedente da cessão onerosa, que negociará as áreas de Sépia e Atapu, em dezembro.
