A Petrobras e a Eneva informaram que terminaram sem êxito as negociações para aquisição pela elétrica do Polo Urucu, pertencente à estatal, que haviam se iniciado em fevereiro de 2021. Segundo as companhias, ao longo da negociação, não foi possível convergir em um acordo, e as partes optaram por encerrar as conversas sem penalidades.
A disputa pelo Polo Urucu, na Bacia do Solimões, no Amazonas, começou em 2020, quando Eneva e 3R fizeram lances pelo ativo. Na época, a Eneva fez a segunda maior oferta, mas a 3R Petroleum previa condicionantes rejeitadas pela petroleira estatal, noticiou o Brazil Journal.
A 3R teria proposto a rescisão dos contratos de transporte do gás de Urucu com a TAG e de distribuição com a concessionária do Amazonas, a Cigás. Por isso, a oferta de mais de US$ 1 bilhão, segundo o site Brazil Journal, não foi para a frente, e a Eneva ganhou o direito de negociar com exclusividade com a companhia.
O Polo de Urucu fica conectado à Manaus, e é responsável pelo suprimento de gás na região. A Eneva, por sua vez, tem atuação na região amazônica desde a aquisição do campo de Azulão em 2018. Desde então, a companhia adquiriu mais três blocos exploratórios na Bacia do Amazonas e na Bacia do Solimões.
Segundo a Eneva, diante da evolução do volume de reservas e recursos contingentes sob sua concessão na região, foi fortalecido o time que estuda alternativas logísticas para ampliação da capacidade de escoamento do gás produzido, priorizando a monetização dos volumes já conhecidos e sob sua concessão, “seja por meio da destinação do gás para novas usinas termelétricas, seja por meio do desenvolvimento de rotas de comercialização.”
Apesar do fim das negociações, a Eneva disse que continuará se esforçando para ampliar a atuação no Norte do país.
