Terminal de GNL em Santa Catarina deve ser concluído neste ano, diz New Fortress

Poliana Souto

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Poliana Souto

Publicado

05/Ago/2022 14:29 BRT

A americana New Fortress Energy (NFE) anunciou nesta semana que a construção do novo Terminal Gás Sul (TGS) de regaseificação de gás natural (GNL), localizado na Baía de Babitonga, Santa Catarina, está chegando ao fim. A previsão da companhia é que a unidade entre em operação até o quarto trimestre deste ano.

Anteriormente a companhia havia anunciado que as obras de construção da planta seriam concluídas no primeiro semestre deste ano, mas como não encontrou um supridor de GNL para o terminal, houve atraso.

Em fevereiro, a Companhia de Gás de Santa Cataria (SCGás) havia informado que assinou um novo contrato de suprimento com NFE e projetou um aumento de 179% na disponibilidade do insumo para Santa Catarina. Segundo a distribuidora, o empreendimento recebeu investimento de US$ 77 milhões, e terá capacidade de produção de 15 milhões de m³/dia, além de armazenar até 160 mil m³ de GNL.

O projeto consiste em um navio FSRU amarrado a dolfins (estruturas marítimas acima do nível do mar, sem conexão com infraestrutura em terra) na Baía de Babitonga, a 300 metros da costa. Além disso, o contrato prevê a construção de um gasoduto de transporte entre os municípios de Itapoá-Garuva, de 33 quilômetros de extensão, interligando o terminal de regaseificação de GNL da NFE ao Gasoduto de Transporte Bolívia-Brasil (Gasbol).

Recentemente, a New Fortress disse estar acelerando seus investimentos na Europa com foco no fornecimento de soluções rápidas de infraestrutura de regaseificação, de olho na demanda europeia por novos terminais de importação de GNL.

Barcarena - Pará

A NFE também assinou contrato de engenharia, aquisição e construção (EPC) com um consórcio formado pela Toyo Setal e Mitsubishi para a implatação da UTE Barcarena, no estado do Pará. O acordo segue um contrato de obras antecipadas, previamente assinado pelas partes. Com capacidade instalada de 605 MW, a usina de ciclo combinado está programada para iniciar operação em 2025.

“É um contrato superatrativo por causa do longo prazo e do preço, que está atrelado ao Japan Korea Marker [JKM - referência para o GNL no mercado asiático), com o GNL vindo do Golfo do México, o que é muito vantajoso”, disse o CEO Wesley Edens em teleconferência com investidores nesta quinta-feira, 4 de agosto.