Eneva pretende replicar modelo de venda de GNL para o Nordeste

Rodrigo Polito

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Rodrigo Polito

Publicado

27/Set/2022 16:10 BRT

A Eneva prevê replicar no restante do Nordeste o modelo de comercialização de gás natural liquefeito (GNL) em fase de implantação na Bacia do Parnaíba. A companhia está investindo cerca de R$ 1 bilhão na construção de uma planta de liquefação de gás no complexo do Parnaíba para fornecer gás para a Vale e a Suzano, além de potenciais novos clientes.

Considerando ainda a unidade de liquefação instalada no campo de Azulão, no Amazonas, utilizada para abastecer a termelétrica de Jaguatirica II, em Roraima, a Eneva terá uma capacidade de liquefação de cerca de 1 milhão de m3/dia de gás, assim que a planta do Parnaíba estiver concluída. A estratégia de expansão para o Nordeste é baseada na recente aquisição da Celse, dona da termelétrica Porto de Sergipe I, a gás natural.

“Ele [o modelo de negócio] pode ser replicado em Azulão e pode ser replicado também no Nordeste”, afirmou a gerente geral de Comercialização de Energia, Gás Natural e Líquidos da Eneva, Camila Schoti, nesta terça-feira, 27 de setembro, durante a Rio Oil& Gas, no Rio.

“Conseguimos chegar onde outros gasodutos não chegam, a partir de Parnaíba e Azulão. Mas ainda não tínhamos acesso à malha de transporte. O investimento em Celse vai nos dar acesso aos gasodutos de transporte, que, por sua vez, vão nos permitir entregar [gás] em outros estados do país. E, além disso, eventualmente tendo acesso ao GNL [gás natural liquefeito], também vamos conseguir interiorizar esse gás via GNL de pequena escala, dado que a gente já está fazendo isso ali no Parnaíba”, completou ela.

Questionada sobre o leilão de reserva de capacidade na forma de energia, marcado para a próxima sexta-feira, 30 de setembro, e o cancelamento do leilão de reserva de capacidade no fim do ano, ela disse que não poderia comentar o assunto por questões estratégicas.

Presente ao evento, o diretor de Regulação e Novos Negócios da PetroReconcavo, João VItor Moreira, lembrou que a companhia está produzindo atualmente 22 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia de óleo e gás e contou que a meta é alcançar 35 mil boe/dia em 2025.