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Altos custos e incertezas fazem Shell adiar projeto na Bacia de Santos

A Shell Brasil decidiu reavaliar o desenvolvimento do projeto Gato do Mato, na Bacia de Santos. Segundo a petroleira, o aumento de custos durante o último ano e a manutenção de um cenário incerto, afetaram a sua decisão de continuar o empreendimento.

Altos custos e incertezas fazem Shell adiar projeto na Bacia de Santos

A Shell Brasil decidiu reavaliar o desenvolvimento do projeto Gato do Mato, na Bacia de Santos. Segundo a petroleira, o aumento de custos durante o último ano e a manutenção de um cenário incerto, afetaram a sua decisão de continuar o empreendimento. Dessa forma, a companhia adiou para entre 12 e 24 meses o escopo e a estratégia de contratação do campo, que tinha previsão de iniciar a produção no final de 2023.

O futuro campo será instalado por meio de um navio plataforma modelo FPSO, com ancoragem spread mooring. A BW offshore, empresa responsável pela construção da plataforma, comunicou que espera receber da Shell uma notificação formal rescindindo o contrato, além de ser reembolsada pelos custos incorridos.  

A Shell Brasil estima que a unidade terá capacidade para produzir 90 mil barris por dia de petróleo e 8,5 milhões de m³ por dia de gás natural. Além disso, o campo contará com capacidade de armazenar 1,6 milhão de barris de petróleo por 25 anos. Também é previsto para o campo a exploração de dez poços, sendo quatro produtores, quatro injetores de gás e outros dois injetores de água do mar. 

“Esta decisão leva em conta a relevância do Brasil para a companhia e para seus negócios em upstream. Com nossa produção atual em cerca de 400 mil barris de óleo equivalente por dia, o Brasil continua sendo um país fundamental para a Shell. Continuamos a explorar opções para ampliar a nossa presença em águas profundas e outras linhas de negócios”, disse a empresa em comunicado.  

A Shell é operadora de Gato do Mato, com 70% de participação, e tem como sócia a Ecopetrol (30%).