Eneva declara comercialidade em seis blocos nas Bacias do Parnaíba e do Amazonas

Maria Clara Machado

Autor

Maria Clara Machado

Publicado

15/Fev/2024 13:21 BRT

A Eneva apresentou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a declaração de comercialidade de três blocos na Bacia do Parnaíba e de outros três blocos na Bacia do Amazonas. A empresa divulgou fato relevante nesta quinta-feira, 15 de fevereiro.

Também nesta quinta-feira, a empresa divulgou relatório de auditoria de seus ativos nas Bacias do Parnaíba, Amazonas e Solimões, com data de referência de 31 de dezembro de 2023 – portanto, anterior aos novos ativos declarados comerciais.

Declarações de comercialidade

As declarações de comercialidade se referem a descobertas nas áreas Lago dos Rodrigues, nos blocos PN-T-66, PN-T-67A e PN-T-48A, na Bacia do Parnaíba; Anebá nos Blocos AM-T-84 e AMT-85 e Silves no Bloco AM-T-85 na Bacia do Amazonas. Ao declarar a comercialidade, a Eneva solicitou à ANP que as acumulações recebam os nomes de Gavião Vaqueiro, Tambaqui e Azulão Oeste, respectivamente.

Gavião Vaqueiro é o 12º campo da Bacia do Parnaíba a ser declarado comercial pela Eneva. A empresa avalia que a reserva tenha entre 1,5 bilhão de m³ e 3,3 bilhões de m³ de gás natural, com estimativa mediana (P50) de 2,2 bilhões de m³ de gás.

No campo de Tambaqui, a Eneva estima haver entre 1,6 bilhão de m³ e 5,7 bilhões de m³ de gás natural, sendo a estimativa P50 avaliada em 3,6 bilhões de m³. Em Tambaqui, há ainda reservas de óleo condensado estimadas entre 8,8 milhões de barris e 18,9 milhões de barris, com estimativa P50 de 13,9 milhões de barris. Azulão Oeste tem reservas estimadas entre 1,4 bilhão de m³ e 6,1 bilhões de m³ de gás natural, com estimativa P50 de 2,3 bilhões de m³ de gás.

A partir das declarações de comercialidade, a Eneva tem 180 dias para apresentar à ANP os Planos de Desenvolvimento dos campos.

Reservas auditadas

Também nesta quinta-feira, a Eneva divulgou relatório de auditoria de seus ativos nas Bacias do Parnaíba, Amazonas e Solimões. O relatório foi elaborado pela consultoria independente Gaffney, Cline & Associates, Inc. e tem como referência a data de 31 de dezembro de 2023.

Segundo o estudo, as reservas 2P (prováveis + provadas) da Eneva na Bacia do Parnaíba são de 37,57 bilhões de m³. Este montante já deduz os pagamentos de royalties e direitos do proprietário da terra. O total provado (1P) é de 31,52 bilhões de m³ e, deste total, 19,7 bilhões de m³ já estão em desenvolvimento ou foram desenvolvidos.

Na Bacia do Amazonas, as reservas 2P de gás natural são de 10 bilhões de m³, em cálculo que já deduz os pagamentos de royalties e direitos do proprietário da terra. O total provado (1P) é de 8 bilhões de m³, dos quais 6,9 bilhões de m³ estão ou já foram desenvolvidos.

A área de Juruá, na Bacia do Solimões, tem recursos contingentes 2C (métrica análoga à 2P) de gás natural de 24 bilhões de m³. Os recursos 1C (métrica análoga à 1P) são de 19 bilhões de m³.