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Térmicas e hidrelétricas compulsórias podem onerar consumidor em R$ 28 bi, em 2030, diz Abrace

Térmicas e hidrelétricas compulsórias podem onerar consumidor em R$ 28 bi, em 2030, diz Abrace

A contratação compulsória de 8 gigawatts (GW) de termelétricas e 2 GW de hidrelétricas de até 50 MW de capacidade, prevista na lei 14.182/2021, que trata do plano de privatização da Eletrobras, pode resultar em custos anuais ao consumidor de energia, partindo de R$ 2,4 bilhões a R$ 3,5 bilhões, em 2026, para algo entre R$ 19,23 bilhões e R$ 27,76 bilhões, em 2030. Os dados fazem parte de cálculo desenvolvido pela Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).

As contas foram feitas com base no decreto 11.042, de 12 de abril de 2022, que regulamenta pontos referentes à contratação das duas fontes previstas na lei.

“No começo do horizonte de contratação, o custo anual esperado desta política varia de R$ 2,4 a R$ 3,5 bilhões, a depender do cenário de preço teto, e pode atingir, já em 2030, custos entre R$ 19,2 e R$ 27,8 bilhões, o que, no cenário mais pessimista, elevaria este encargo a um patamar semelhante ao da CDE [Conta de Desenvolvimento Energético], que concentra muitas das políticas públicas de subsídios ao setor elétrico”, afirma a Abrace, em relatório lançado nesta quarta-feira, 20 de abril.

Os cenários utilizados pela Abrace consideram um preço teto de contratação das térmicas, de R$ 334,69 por megawatt-hora (MWh) a R$ 483,12/MWh.

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Ontem, durante o workshop PSR/Canal Energia, no Rio, especialistas da consultoria apresentaram uma estimativa de preço teto para essas usinas, que pode variar de R$ 450/MWh até R$ 650/MWh, podendo representar um aumento de 8% nas tarifas de energia.