Com resultado fraco em distribuição, Light tem prejuízo de R$ 41,8 milhões no 1º tri

Camila Maia

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Camila Maia

Publicado

14/Mai/2021 12:43 BRT

A Light obteve prejuízo líquido de R$ 41,8 milhões no primeiro trimestre do ano, revertendo o lucro de R$ 166,7 milhões registrado no mesmo período de 2020.

O resultado refletiu, entre outros fatores, o prejuízo de R$ 100,7 milhões da distribuidora da companhia, contra o lucro de R$ 62 milhões registrado um ano antes.

O desempenho foi pressionado pela elevação das perdas no período, que impactou o resultado em R$ 161,4 milhões.

O resultado financeiro também pressionou a última linha do balanço da Light. Ele veio negativo em R$ 344,8 milhões, aumento de 515,1% ante o resultado financeiro negativo do primeiro trimestre do ano passado, de R$ 56 milhões. 

A receita líquida da Light subiu 21,2%, para R$ 3,5 bilhões. As despesas operacionais subiram 25,6%, para R$ 3,2 bilhões. 

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 419,8 milhões, queda de 9,9%, também refletindo a piora no desempenho da distribuidora, que teve Ebitda de R$ 197,6 milhões, queda de 35,7%.

O mercado faturado pela distribuidora no trimestre caiu 1,7%, para 7.071 GWh. Entre os clientes cativos, a retração foi de 2%, para 4.621 GWh, enquanto entre os livres o consumo subiu 7,3%, para 2.076 GWh.

As perdas totais no período subiram 20,9%, para 3.217 GWh. No trimestre, as perdas representaram 27,18% da carga fio, contra 25,44% no fim do primeiro trimestre do ano passado. 

Considerando as perdas não técnicas no mercado de baixa tensão, a Light registrou uma relação de 55,46% em relação ao mercado, contra 50,25% no mesmo período do ano passado. 

Reação do mercado

O resultado da Light veio muito aquém do esperado pelo Itaú BBA, que já previa uma queda no resultado, devido às perdas de energia elevadas. 

"Nós estávamos esperando um resultado muito ruim, mas veio ainda pior do que pensávamos. A nova gestão enfrenta um desafio muito grande em reduzir as perdas de energia e convencer o regulador a melhorar os parâmetros regulatórios durante o próximo evento tarifário, em março de 2022", escreveram os analistas Marcelo Sá, Matheus Saliba e Luiza Candiota.