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Pressionado por crise hídrica, lucro da AES Brasil cai 76,9% no 2º tri, para R$ 27,5 milhões

Pressionado por crise hídrica, lucro da AES Brasil cai 76,9% no 2º tri, para R$ 27,5 milhões

A AES Brasil obteve lucro líquido de R$ 27,5 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 76,9% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, de R$ 119 milhões. No período, os custos com compra de energia subiram 84,6%, para R$ 208,3 milhões. 

O resultado refletiu a redução da margem hídrica, devido à piora nas condições hidrológicas e nos níveis dos reservatórios, e a maior despesa financeira líquida, no valor de R$ 80,4 milhões, em função da liquidação antecipada do GSF, para minimizar o impacto da atualização do passivo pelo IGP-M. 

A receita líquida subiu 18,1%, para R$ 561,4 milhões. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 6,6%, para R$ 257 milhões.

O volume total de energia bruta gerada pelas hidrelétricas da AES caiu 43,2% no período, para 1.415 GWh, refletindo o cenário de escassez hídrica no período. O GSF no trimestre foi de 2,5%, abaixo do déficit de 9,2% do mesmo período de 2020, mas essa variação decorre da dinâmica de sazonalização de garantia física das usinas do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) e não o desempenho de geração das usinas no sistema. Em junho, por exemplo, o rebaixamento foi de 28,8%.

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O PLD no período, por sua vez, teve a média de R$ 229,32/MWh, 204% superior ao registrado entre abril e junho do ano passado.

O conselho de administração da AES Brasil aprovou a distribuição de R$ 24,2 milhões como dividendos intermediários relativos ao segundo trimestre, equivalentes a R$ 0,06 por ação. A data base para direito ao recebimento será 9 de agosto.