Empresas

Vibra aguarda reorganização da Comerc para efetivar integralização de debêntures

Vibra aguarda reorganização da Comerc para efetivar integralização de debêntures

A aquisição de 50% da Comerc Energia pela Vibra vai permitir que a distribuidora de combustíveis ofereça um pacote de ofertas mais completo aos seus clientes. Neste momento, a companhia aguarda a conclusão da reorganização da Comerc para avançar na conversão dos R$ 2 bilhões em debêntures em ações, o que deve ser concluído em fevereiro de 2022.

“O que chamou nossa atenção na Comerc é que é um player de grande respeito com estratégia voltada para gestão de clientes”, disse Wilson Ferreira Junior, presidente da Vibra, em teleconferência sobre os resultados da companhia no terceiro trimestre do ano. A transação foi anunciada em outubro, e envolve a compra de 30% da empresa de energia por R$ 2 bilhões, mais uma oferta secundária por 20% da companhia por R$ 1,25 bilhão.

A Comerc Energia é a controladora da MegaWhat.

Dentro do acordo, a Vibra pode aportar sua participação na Vibra Energia, antiga Targus, dentro da Comerc Energia, abatendo parte da oferta secundária. Ou seja, a Vibra Energia seria absorvida pelas operações da Comerc, abatendo parte do montante a ser pago dessa forma.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

“Há vários modelos, estamos estudando os prós e contras e discutindo com nossos parceiros. Precisa funcionar e ser bom para todos, achamos que há valor nessa integração, mas por enquanto não conseguimos antecipar o desfecho”, disse André Natal, diretor financeiro da Vibra.

Com o negócio, a Vibra vai colocar os dois pés no mercado de energia, uma evolução do trabalho conduzido na companhia no contexto da transição energética, disse Ferreira. 

Isso vai ajudar a aumentar os serviços oferecidos considerando também o desenvolvimento da mobilidade elétrica. Segundo Ferreira, a Vibra está definindo uma estratégia para não expandir a rede de carregadores elétricos enquanto não houver demanda, e está avaliando onde será essa demanda, em residencias, predios comerciais ou em eletrovias.

“A companhia vai conseguir, por meio da Comerc ou da Vibra, oferecer pacotes de energia que vão viabilizar o carregamento ráido. A Vibra estará lá e será representativa, mas será cautelosa nesse crescimento”, disse Ferreira. Ele lembrou ainda que os veículos híbridos com etanol também são muito competitivos no Brasil, então essa também será uma alternativa avaliada na sua estratégia.

Gás natural

A Vibra tem também um plano ambicioso de crescer no segmento de gás, mas mantendo seu foco no B2B, ou seja, no fornecimentos a grandes consumidores comerciais. Por isso, não há interesse nas privatizações das distribuidoras de gás natural canalizado do país.

“Nós não somos investidores de negócios regulados, então entendemos que somos mais adequados no negócio de GNL off grid, onde buscamos nos posicionar”, disse o executivo, se referindo ao transporte terrestre de gás natural liquefeito (GNL) pelo interior do país. A ideia é suprir os clientes com o insumo aproveitando sua capiralidade por todo o país.

Segundo Natal, faz mais sentido se posicionar em GNL de pequena escala, usando a infraestrutura de ser capilarizada e abranger o país inteiro, do que fazer uma alocação massiva de capital em uma distribuidora cujo retorno do negócio é regulado. 

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.