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Lucro da Engie cresce 21,9% no 1º tri, a R$ 645 milhões

Lucro da Engie cresce 21,9% no 1º tri, a R$ 645 milhões

A Engie Brasil Energia obteve lucro líquido de R$ 645 milhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 21,9% na comparação com o resultado do mesmo intervalo do ano passado. Além do resultado positivo, a companhia também anunciou nessa quinta-feira, 5 de maio, a aquisição do projeto eólico Serra do Assuruá, na Bahia, que terá 880 MW de potência quando concluído.

Apesar da queda da receita no trimestre, devido à menor geração de energia, a Engie obteve uma redução de 16,8% nos seus custos operacionais, que somaram R$ 1,5 bilhão, e também registrou retração de 17,8% nas despesas operacionais, a R$ 58 milhões. 

A receita operacional líquida da companhia recuou 5,8% na comparação trimestral, a R$ 3 bilhões. A geração de energia da companhia caiu 28,4% no trimestre, a 7.113 GWh, refletindo a menor geração das hidrelétricas do grupo por causa das condições hidrológicas desfavoráveis na região Sul, principalmente.

A geração termelétrica também caiu consideravelmente, o que é consequência da venda do complexo termelétrico Jorge Lacerda, ocorrida no último trimestre do ano passado.

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A geração de energia por usinas eólicas, a biomassa, fotovoltaicas e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), por sua vez, cresceu 22,8% no trimestre, a 506 MW médios, devido à operação comercial plena do conjunto eólico Campo Largo II, que ainda estava em construção no primeiro trimestre do ano passado. Além disso, a aquisição das usinas fotovoltaicas Paracatu e Floresta, em março de 2021, contribuiu para o aumento.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 1,9 bilhão, alta de 8,8%.

Aquisições

No relatório da administração, a Engie disse seguir atenta às oportunidades de aquisições para fomentar suas ambições de crescimento no longo prazo.

A companhia chegou a 3 GW em desenvolvimento na carteira, depois de fechar a compra do Serra do Assuruá, de 880 MW de potência, da PEC Energia, por R$ 265 milhões.

Junto do projeto, estão incluídos parecer de acesso emitido, autorizações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e contratos de direito de uso de superfície e dados de vento, o que vai agilizar a implantação do empreendimento e garantir o benefício regulatório da tarifa de transmissão.

Para manter o desconto pelo uso da rede de transmissão e distribuição, os projetos de fontes incentivadas precisão ter pleiteado a outorga na Aneel até o início de março deste ano, e devem entrar em operação até 2025.