A Neoenergia terminou o segundo trimestre deste ano com lucro de R$ 1,1 bilhão, aumento de 7% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado da companhia refletiu, entre outros fatores, o crescimento da energia injetada, a geração de caixa de novos projetos de geração, o aumento das despesas operacionais e a piora do prejuízo financeiro, reflexo direto do aumento das taxas de juros e inflação.
A última linha do balanço foi afetada pelo resultado financeiro negativo em R$ 1,1 bilhão, aumento de 171% em relação ao período de abril a junho de 2021, quando foi negativo em R$ 426 milhões.
A receita líquida subiu 1% no período, a R$ 9,6 bilhões, enquanto as despesas operacionais cresceram 11%, a R$ 965 milhões. As provisões para devedores duvidosos cresceram 288% no período, a R$ 128 milhões.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 3,2 bilhões, aumento de 40%. A relação entre dívida líquida e Ebitda caiu de 3,12 vezes ao fim do ano passado para 2,96 vezes.
Indicadores operacionais
Nas distribuidoras do grupo, o mercado cativo encolheu 1,5%, chegando a 11.693 GWh no trimestre, enquanto o mercado livre cresceu 6,1%, a 5.082 GWh. No total, considerando também a energia perdida e o mercado não faturado, a energia injetada pelas concessionárias da Neoenergia cresceu 0,8% no período, a 18.822 GWh.
Em relação aos indicadores de qualidade, as perdas totais continuaram com trajetória de queda nos últimos 12 meses, com retração em quatro das cinco distribuidoras na relação com o primeiro trimestre do ano. Os indicadores, contudo, continuaram acima das metas regulatórias nos casos de Coelba, Neoenergia Pernambuco e Neoenergia Brasília. No caso da distribuidora de Pernambuco, houve aumento do percentual de perdas totais entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano.
Segundo a companhia, nos últimos seis meses foram adotadas diversas ações de combate às perdas, com a realização de inspeções, substituição de equipamentos, regularização de mais de 46 mil clandestinos e atualização de pontos de iluminação pública no cadastro.
Os indicadores de duração (DEC) e frequência (FEC) das interrupções no fornecimento das distribuidoras continuaram abaixo das metas regulatórias nas cinco concessionárias, incluindo a Neoenergia Brasília, que se enquadrou no FEC desde o primeiro trimestre do ano.