A Eneva obteve prejuízo líquido de R$ 193,9 milhões no quarto trimestre de 2022, ante um lucro de R$ 489,4 milhões registrado no mesmo intervalo do ano anterior.
O prejuízo refletiu o aumento dos custos operacionais da empresa em 68%, a R$ 1,7 bilhão, além do resultado financeiro líquido que mais que dobrou para uma despesa de R$ 395,4 milhões.
Segundo a empresa, houve R$ 211 milhões em custos não recorrentes no trimestre, sendo R$ 63 milhões da despesa da aquisição e integração de ativos, R$ 27 milhões em bônus de performance, e R$ 52 milhões decorrentes do impacto não caixa do ajuste ao valor justo e mais valia de centrais geradoras hidrelétricas (CGHs) que vieram com a Focus Energia. Além disso, houve R$ 69 milhões em custo de cancelamento do contrato de fornecimento de carvão no trimestre, devido ao baixo despacho de termelétricas em 2022.
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A receita operacional líquida da companhia cresceu 37,9% no período.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 33,2%, a R$ 563 milhões. Já o Ebitda recorrente, que exclui impacto de itens não recorrentes, poços secos e provições para crédito de liquidação duvidosa, cresceu 11,7%, a R$ 769,5 milhões.
Em 2022, a Eneva teve lucro de R$ 375,8 milhões, retração de 68% na comparação com 2021, quando o lucro somou R$ 1,17 bilhão. A receita operacional líquida do ano passado cresceu 19,6%, a R$ 6,1 bilhões. O Ebitda, por sua vez, caiu 3,6%, a R$ 2,1 bilhões.
