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Com queda no preço do petróleo, lucro da Petrobras encolhe 47% no 2º tri

A Petrobras teve lucro líquido de R$ 28,8 bilhões no segundo trimestre do ano, retração de 47% na comparação com o lucro de R$ 54,33 bilhões na base anual, refletindo a redução dos preços do petróleo no período, uma vez que no segundo trimestre do ano passado os efeitos da guerra entre Ucrânia e Rússia ainda impulsionavam a alta da commodity a patamares elevados.

Com queda no preço do petróleo, lucro da Petrobras encolhe 47% no 2º tri

A Petrobras teve lucro líquido de R$ 28,8 bilhões no segundo trimestre do ano, retração de 47% na comparação com o lucro de R$ 54,33 bilhões na base anual, refletindo a redução dos preços do petróleo no período, uma vez que no segundo trimestre do ano passado os efeitos da guerra entre Ucrânia e Rússia ainda impulsionavam a alta da commodity a patamares elevados.

A receita de vendas recuou 33,4% no período, a R$ 113,84 bilhões, refletindo a queda de 31,1% no preço médio do Brent, que saiu de US$ 113,78 o barril entre abril e junho do ano passado para uma média de US$ 78,39 o barril neste ano.

Com isso, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia recuou 42,3%, a R$ 56,7 bilhões, e a dívida líquida subiu 22,5%, a R$ 42,2 bilhões.

O fluxo de caixa operacional da Petrobras no trimestre foi de R$ 47,7 bilhões, montante 33,5% menor na comparação anual. 

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A receita com derivados da Petrobras caiu 33,4%, a R$ 113,84 bilhões. No mercado interno, a queda foi de 29,1%, a R$ 90,1 bilhões, o que, segundo a companhia, refletiu a retração nos preços, acompanhando a queda nos preços internacionais. O efeito foi parcialmente compensado pelos maiores volumes de venda, principalmente da gasolina, frente às principais alternativas de suprimento dos clientes da estatal.

O resultado da Petrobras teve ainda como destaque uma baixa contábil por reavaliação dos ativos (impairment) de R$ 1,9 bilhão, que refletiu principalmente o aumento do escopo do projeto do segundo trem da Refinaria Abreu e Lima, a Rnest. 

A estatal anunciou ainda o pagamento de R$ 15 bilhões em dividendos antecipados, equivalentes a R$ 1,14 por ação ordinária e preferencial, como antecipação da remuneração dos acionistas de 2023. A proposta já está alinhada à nova política de remuneração aos acionistas, anunciada pela empresa na semana passada, que prevê a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre em proventos – antes era 60%.