Emae registra alta de 121% em lucro líquido de 2023

Poliana Souto

Autor

Poliana Souto

Publicado

08/Mar/2024 14:17 BRT

A Empresa Metropolitana de Água e Energia (Emae) contabilizou lucro líquido de R$ 150,5 milhões em 2023, um crescimento de 121,2% frente ao registrado no ano anterior, de R$ 68 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado alcançou os R$ 101,4 milhões no período, elevação de 474,2%, frente aos R$ 17,7% registrados anteriormente.  

A receita operacional líquida consolidada cresceu 13,3% na mesma comparação, para R$ 603,3 milhões. Dentre os destaques, a empresa aponta que contribuiu para a alta o acréscimo de R$ 33,4 milhões na receita de cotas de energia em razão do reajuste tarifário do ciclo 2022/2023 somado à segunda revisão tarifária realizada em julho de 2023 e ao incremento de 103,4% na energia verificada do ano, que totalizou 1.532.095 MWh, ante os 753.369 MWh gerados em 2022.

A Emae também atribui ao resultado o acréscimo de R$ 34,5 milhões na receita relativa à construção de ativos da concessão, elevação de R$ 2,9 milhões na receita de suprimentos da controlada Pirapora Energia e adição de R$ 2,7 milhões nas receitas de prestação de serviços.

Já a energia gerada pela companhia subiu 89,6%, chegando aos 1.663 MWh. A companhia tem em seu portfólio as hidrelétricas de Henry Borden, Porto Góes, Rasgão e Pirapora, que somam 960,8 MW. Contratadas em regime de cotas, as concessões vencem entre 2042 e 2044. 

Em janeiro, a Emae inaugurou a primeira etapa de implantação da usina fotovoltaica flutuante (UFF) Araucária, em São Paulo. Com 10,5 mil placas sobre a lâmina d’água e investimento inicial de R$ 30 milhões, a planta tem capacidade para produzir até 10 GWh por ano, o equivalente ao consumo de 4 mil residências. 

Com um processo de privatização em andamento, a Emae registrou uma queda de 3,6% nos custos de serviços de energia elétrica no exercício. Segundo a empresa, as principais reduções derivam do decréscimo de R$ 42,2 milhões em provisões para riscos trabalhistas, cíveis e tributários.

Também ajudaram na queda uma redução de R$ 13,8 milhões nos gastos com benefícios pós-emprego do plano de previdência complementar em razão da redução do déficit apurado em 2022, da redução de R$10,7 milhões na provisão para investimentos na concessão decorrente da revisão periódica do plano de investimentos e da queda de R$ 9,7 milhões em custos com serviços de terceiros.

Em sentido oposto, ocorreu ainda a elevação de R$ 34,5 milhões nos custos de construção dos ativos da concessão, e aumento de R$ 13,0 milhões nos custos de pessoal relativos ao Programa de Demissão Incentivada (PDI), além da alta de R$ 11,9 milhões em encargos setoriais como o Contrato de Uso do Sistema de Distribuição e Transmissão (Cust) e a Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH).