Após o governo do Paraná anunciar o plano de privatização da Copel, a estratégia da companhia será consolidar sua posição no mercado através de investimentos em energia elétrica no Brasil até 2030, com planos de investir em geração renovável e novos ativos de transmissão, ao mesmo tempo em que buscará vender os ativos de gás. Segundo o CEO da Copel, Daniel Slaviero, a empresa se manterá atenta as oportunidades do mercado para os próximos anos, por meio de investimentos em “bons negócios”, que agreguem valor.
“Nós vamos competir diretamente com a Eletrobras, esse é o tom”, disse Slaviero, durante evento com investidores e analistas na manhã desta terça-feira, 22 de novembro, marcado antes do anúncio da privatização, para lançar a estratégia de longo prazo da companhia.
Para isso, a companhia colocará “o pé” no setor de energia solar fotovoltaica, acrescentando 2 GW de capacidade das fontes eólica e solar, saindo dos atuais 7GW em fontes renováveis da companhia para 9 GW. Para transmissão, a Copel espera conquistar em leilões as concessões de 2 mil quilômetros em novas linhas.
Já no segmento de distribuição, a Copel não descarta oportunidades para compra de novas concessões, além de fortalecer sua atuação no Paraná.
UEG Araucária
Como parte da estratégia de descarbonização da sua atuação, a companhia pretende vender sua fatia de 81,2% na termelétrica Araucária, de 469 MW de potência. Durante o evento, Cássio Santana, diretor de Novos Negócios da Copel, comentou que a Petrobras já iniciou a venda da sua parcela de 18,8% na usina, o que vai tornar o negócio ainda mais atrativo para potenciais compradores.
“Isso vai permitir que players que dominam a cadeia de gás possam adquirir o ativo na totalidade. Aproveitando o timing, vamos conseguir rentabilizar esse ativo, e dar continuidade ao processo de descarbonização da nossa matriz”, disse Cássio Santana.
A descarbonização também vai acontecer por meio da venda da participação da Copel de 51% na Compagás, Esse processo será iniciado depois da renovação do contrato de concessão por 30 anos, o que ainda está em discussão no governo do Paraná.
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