O processo de alienação de 51% da participação da Copel na Compagás, distribuidora de gás canalizado do Paraná, está no processo final de assinatura do contrato junto à Procuradoria Geral do Paraná, e que deve acontecer até junho, segundo o presidente da companhia, Daniel Slaviero. No entanto, essa é só a primeira etapa para que a empresa dê início ao processo de privatização.
“Ao final do processo [de assinatura], teremos 180 dias para organizar um leilão, que será realizado na sede da B3 para alienação desses 51%, do controle dentro da Compagás. É possível [a alienação] seja feita dentro de 2022. No entanto, ainda precisa de uma aprovação por maioria simples da Assembleia Legislativa do Paraná, se isso não acontecer, pelo período das eleições, mais tardar, teremos o processo no 1º semestre de 2023”, disse Slaviero durante teleconferência de resultados com analistas.
A alienação da participação está no topo das prioridades da Copel para 2022. A Gaspetro e a Mitsui têm, cada uma, 24,5% da distribuidora. Slaviero declarou que todos os contornos para o processo desinvestimento estão definidos, como o bônus de outorga de R$ 508 milhões, e o prazo de 30 anos para operação pelo novo concessionário.
O montante do processo de venda deverá sem empregado no setor elétrico, onde a empresa quer concentrar a sua atuação, incluindo, oportunidades de M&As. “Consideramos que existem sim algumas boas oportunidades de mercado, especial de brownfield no segmento de renováveis”, completou o presidente da Copel.
Nos próximo cinco anos a empresa esperar possuir 25% do seu portfólio formado por usinas das fontes eólica e solar. Quanto a novos investimentos em termelétricas a combustível fóssil, a Copel deve aguardar o estudo de uma consultoria recém-contratada para pensar nos próximos passos para o segmento.
Para o leilão de transmissão de junho, e sem revelar o nome, a empresa fechou parceria com outra companhia do setor, e na qual terá participação de 49%, para tentar arrematar os empreendimentos ofertados. O motivo, segundo Daniel Slavieiro, é que os lotes são ‘muito grandes’ e envolvem investimentos de mais de ‘R$ 5 bilhões’.