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Light lucra no 1º tri, mas faz alerta para aumento contínuo das perdas não técnicas

Em um trimestre turbulento, com negociações com credores e aumento das perdas não técnicas, a Light revisou sua estratégia de combate às perdas e reverteu o prejuízo em lucro, graças a questões contábeis.  A companhia informou na manhã desta sexta-feira, 12 de maio, que teve lucro de R$ 107,1 milhões no primeiro trimestre de 2023, após um prejuízo de R$ 106 milhões no mesmo período do ano passado.

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Em um trimestre turbulento, com negociações com credores e aumento das perdas não técnicas, a Light revisou sua estratégia de combate às perdas e reverteu o prejuízo em lucro, graças a questões contábeis. 

A companhia informou na manhã desta sexta-feira, 12 de maio, que teve lucro de R$ 107,1 milhões no primeiro trimestre de 2023, após um prejuízo de R$ 106 milhões no mesmo período do ano passado.

Os números refletem o ligeiro crescimento da receita, acima das despesas operacionais e a melhora do resultado financeiro, que foi negativo mas num montante 47,2% menor, em R$ 265,5 milhões.

A receita operacional líquida da companhia cresceu 2%, a R$ 3,6 bilhões, e as despesas operacionais subiram 0,6%, a R$ 3,1 bilhões.

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O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 538,4 milhões, alta de 24,9%.

Perdas continuam

Segundo a companhia, neste ano, a estratégia de combate às perdas foi revisada, reduzindo significativamente algumas atividades com retorno de médio ou longo prazo, como blindagem de redes, e descontinuando outras que geravam comprometimento de caixa e resultados limitados, como normalização de cobrança retroativa em determinadas áreas de concessão.

Foram priorizadas ações que trarão retornos sustentáveis no curto prazo, como substituição de medidores e aperfeiçoamento de medidas para redução de perdas administrativas, abordagem que está inserida na estratégia da gestão atual de estabilizar financeiramente a distribuidora de energia elétrica.

As perdas totais em 12 meses chegaram a 26,97% da carga, abaixo do percentual de 27,27% registrado em março do ano passado, apesar de uma ligeira alta no volume das perdas, em 14 GWh – inferior ao aumento da carga fio no período, de 519 GWh.

Já as perdas não técnicas no mercado de referência da Light tiveram crescimento no período, enquanto o mercado caiu 6,4%, o que manteve o cenário de deterioração da área de concessão no período, com altas sucessivas do indicador, que chegou a 58,36% no trimestre, 1,2 ponto percentual acima do registrado em março de 2022.

Em março, o indicador de perdas não técnicas sobre o mercado de referência estava 21,78 pontos percentuais acima dos 40,04% repassados na tarifa, conforme os parâmetros definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na revisão tarifária de março de 2022.

Com isso, a diferença entre a perda real e a perda regulatória dos últimos 12 meses chegou a um valor equivalente à uma perda de R$ 581,6 milhões no Ebitda da compahia.