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Petrobras e ANP alertam que, sem novas reservas, Brasil voltará a ser importador de petróleo

A Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) voltaram a reforçar a importância de explorar novas bacias para a manutenção da produção petroleira no Brasil. Desta vez, o diretor de Exploração & Produção da Petrobras, Joelson Mendes, declarou que o Brasil precisará desenvolver novas fronteiras para atender à demanda para o Brasil projetada pela Agência Internacional de Energia, considerando cenário de atendimento às metas do Acordo de Paris, que seria de 3,3 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2050. A declaração foi feita nesta segunda-feira, 26 de junho, no painel da Offshore Week 2023, promovida pela Agência EPBR.

Prova de mar do Navio Celso Furtado em mar aberto a alguns quilômetros do rio de janeiro.
Prova de mar do Navio Celso Furtado em mar aberto a alguns quilômetros do rio de janeiro.

A Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) voltaram a reforçar a importância de explorar novas bacias para a manutenção da produção petroleira no Brasil. Desta vez, o diretor de Exploração & Produção da Petrobras, Joelson Mendes, declarou que o Brasil precisará desenvolver novas fronteiras para atender à demanda para o Brasil projetada pela Agência Internacional de Energia, considerando cenário de atendimento às metas do Acordo de Paris, que seria de 3,3 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2050. A declaração foi feita nesta segunda-feira, 26 de junho, no painel da Offshore Week 2023, promovida pela Agência EPBR.

No mesmo evento, o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, apresentou um gráfico com as reservas 2P (provadas e prováveis) de petróleo no país e foi incisivo: “Há um declínio previsto a partir de 2027. Se nada fizermos, chegará o dia em que nós voltaremos a ser importadores de petróleo em vez de exportadores”, declarou.

Outra estratégia apontada pelos executivos para manter a produção de petróleo no Brasil é a gestão do portfolio existente, com aumento no fator de recuperação de campos já em produção. Esta estratégia foi importante para a reversão de uma tendência de queda que se observava nos campos do pós-sal, de acordo com Saboia.

A importância de aumentar o fator de recuperação e a exploração de novas fronteiras também foram mencionadas pelo Presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa. A companhia está atualmente com duas campanhas exploratórias: uma no campo de Sagitário, operado pela Petrobras no pré-sal da Bacia de Santos, e outra em Suçuarana, operado pela Shell na Bacia de Campos.

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Desenvolvimento de campos menores e compartilhamento de infraestrutura

A presidente da Equinor Brasil, Verônica Coelho, destacou ainda o desenvolvimento de campos menores, “que não são campos gigantes do pré-sal”, como estratégia para manutenção da produtividade no Brasil. “Ainda existe muito potencial a ser desenvolvido aqui no Brasil em campos menores e nossa experiencia é que em alguns desses campos, [se estivessem] no Mar no Norte e até no Golfo do México, seriam obviamente desenvolvidos, mas aqui não são por conta de desafios econômicos. A economicidade desses projetos não é robusta o suficiente para atrair os investimentos”, avaliou. Segundo a executiva, uma forma de atribuir mais competitividade seria rever a tributação na fase de investimentos dos projetos.

Coelho também mencionou o aproveitamento da infraestutura já existente para mais de um projeto como forma de aumentar a produtividade e reduzir a intensidade de carbono dos produtos. “Existe uma oportunidade de dar continuidade à vida útil de unidades de produção de campos já em declínio e assim a gente diminuir a intensidade particularmente de campos maduros por viabilizar mais produção utilizando as mesmas instalações”, declarou.

O painel também teve a participação do CEO Petrogal Brasil e country chair da Galp no Brasil, Daniel Elias.