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Com reservatórios cheios e restrições de exportação após apagão, geração da Eneva recua

No terceiro trimestre de 2023, a Eneva registrou geração térmica de 1.426 GWh, que corresponde a uma queda de 20,7% em relação ao mesmo período de 2022. Neste contexto, a empresa também registrou produção de gás natural 32,5% menor do que no ano passado, com 0,29 bilhão de m³ produzidos no trimestre. A redução na geração térmica reflete os reservatórios hídricos cheios, que levaram a menor necessidade de despacho térmico.

No terceiro trimestre de 2023, a Eneva registrou geração térmica de 1.426 GWh, que corresponde a uma queda de 20,7% em relação ao mesmo período de 2022. Neste contexto, a empresa também registrou produção de gás natural 32,5% menor do que no ano passado, com 0,29 bilhão de m³ produzidos no trimestre. A redução na geração térmica reflete os reservatórios hídricos cheios, que levaram a menor necessidade de despacho térmico.

As usinas térmicas Parnaíba IV, Porto de Sergipe I, Fortaleza, Itaqui e Pecém II não geraram energia, apesar da alta disponibilidade, entre 97% e 100%. Parnaíba III gerou 2GWh no trimestre. Em Fortaleza, o compromisso contratual de fornecimento à distribuidora local foi cumprido por meio da entrega de energia gerada diretamente pelo fornecedor de combustível.

O despacho regulatório das usinas térmicas da Eneva se concentrou na UTE Parnaíba II e na UTE Jaguatirica II. No total, o despacho correspondeu a 14% da capacidade instalada da Eneva, com redução frente aos 34% registrados no terceiro trimestre de 2022.

Parnaíba II cumpriu seu período de inflexibilidade previsto no contrato regulado e despachou desde 1º de junho. A usina registrou despacho médio de 91% e geração líquida de 986 GWh no trimestre, com manutenções programadas realizadas no mês de setembro. Considerando toda a geração, inclusive para exportação e mercado livre, o Complexo Parnaíba teve 1,6 mil GWh em geração bruta.

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A UTE Jaguatirica II, localizada no sistema isolado de Roraima, teve geração líquida de 185 GWh no trimestre, com 86% de disponibilidade e despacho de 73%. Na avaliação da Eneva, o desempenho representa a evolução no processo de estabilização em andamento do sistema de liquefação no Campo do Azulão. No terceiro trimestre de 2022, Jaguatirica II registrou disponibilidade de 53% e despacho de 47%.

Menor exportação para Uruguai e Argentina

Após o apagão de 15 de agosto, o Operador Nacional do Sistema (ONS) determinou medidas de segurança que incluíram menor exportação de energia para Argentina e Uruguai e redução nas margens de escoamento entre os subsistemas.

Assim, a geração para exportação no Complexo Parnaíba ocorreu apenas durante julho e meados de agosto, totalizando 159 GWh no trimestre, com as operações das UTEs Parnaíba I e Parnaíba V. Do total, 101 GWh foram comercializados a preços estabelecidos em contratos bilaterais e 57 GWh liquidados ao Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) referente ao volume excedente.

Na comparação com 2022, a Eneva registrou 62% de redução na geração de energia voltada para exportação.

Geração solar cresce

No complexo Futura I, a Eneva registrou geração líquida de 292 GWh, que representa acréscimo de 88 GWh em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando o complexo ainda estava em fase de testes e energização gradual.

A maior geração ocorreu mesmo com menor disponibilidade, já que neste terceiro trimestre a disponibilidade da usina foi de 70%, enquanto no trimestre anterior a disponibilidade era de 90%. A redução na disponibilidade reflete paradas programadas para manutenção.

A geração no Complexo Futura I também foi impactada por restrições do Operador Nacional do Sistema (ONS), que restringiu a geração por fontes intermitentes em decorrência do apagão de 15 de agosto.

O Complexo Futura I é composto pelas UFVs Futura 1 a 22 totalizando 692,4 MWac de capacidade instalada. A usina entrou em operação comercial da capacidade total em maio de 2023.

Upstream

Com menor demanda para exportação no Complexo Parnaíba, a produção de gás da Eneva foi 32,5% menor do que no terceiro trimestre de 2022, com 0,29 bilhão de m³ produzidos neste trimestre. Do total, 0,23 bilhão de m³ foram destinados ao Complexo Parnaíba e 0,06 bilhão de m³ foram para a geração em Jaguatirica II.

A Eneva encerrou o 3T23 com um total de reservas 2P (provadas e prováveis) de gás natural de 46,8 bilhões de m³. Deste total, 32,5 bilhões de m³ estão na Bacia do Parnaíba e 14,3 bilhões de m³ estão na Bacia do Amazonas, no Campo do Azulão.